Por aplicar os rigores da Lei, Moraes, parece, ter caído neles

Entre a toga e a ética: quando o rigor da lei encontra o espelho da própria conduta

Por aplicar os rigores da Lei, Moraes, parece, ter caído neles

Ao que tudo indica, e pelo andar da chamada “Carruagem de Fogo”, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, poderá experimentar do mesmo veneno servido pelos rigores da Lei.

O episódio envolvendo o Banco Master tem levado o nome do ministro ao crivo público de explicações acerca de possíveis ligações com o “banqueiro”, contratante de um escritório jurídico no qual figura, entre o corpo de advogados, a esposa de Alexandre de Moraes.

À luz da ética, tudo aponta, no mínimo, para uma contratação que desperta legítima estranheza e afronta a prudência institucional, sobretudo quando o Banco Master se vê envolto em escândalos de natureza financeira.

Todavia, apenas a conclusão definitiva dos fatos poderá indicar se há erro a ser juridicamente imputado ou não. Ocorre que, como de costume, o julgamento popular não aguarda o desfecho jurídico — ele se antecipa, observa e sentencia à sua maneira.

Creditos: Professor Raul Rodrigues