Incêndio causa prejuízo de R$ 1 milhão a produtores
22/12/2025, 06:04:52Um Desastre No Sítio Juranda
Os danos são financeiros, mas também emocionais. Dias depois do ocorrido, Rosana e Luiz tentam reconstruir o local.
No dia 10 de dezembro, os donos do Sítio Juranda, localizado em Campestre, no Sul de Minas Gerais, Rosana e Luiz, cultivadores de frutas há 20 anos, tiveram um galpão destruído por um incêndio de grandes proporções. O casal é referência no cultivo e comércio de framboesa, amoras e mirtilo na região, com clientes em todo o Brasil.
Relato do Incêndio
Em entrevista ao Portal iG, Rosana relatou o dia do ocorrido. "O incêndio começou por volta das 13h". O casal chegou a tentar controlar as chamas por conta própria, mas as chamas somente cessaram com o trabalho do Corpo de Bombeiros. "O fogo foi super rápido. Em questão de minutos virou tudo em cinza (...) os Bombeiros não acharam a causa, mas disseram que pode ter sido alguma maritaca que conseguiu achar fio e danificou. Isso fez que pegasse fogo num dos motores da câmara fria", disse.
Prejuízos e Desafios
Os prejuízos são emocionais e financeiros. À reportagem, a produtora conta que muita coisa foi perdida. "Nós nem imaginávamos que tinha tanto até colocar no papel. O prejuízo gira em torno de R$ 1 milhão", salienta. O espaço não tinha seguro.
Com a aproximação da temporada de framboesa na região e na tentativa de não desperdiçar toneladas de frutas, por não ter onde armazenar, Rosana iniciou, no dia 18 de dezembro, uma campanha on-line. Ao todo, o casal necessita de R$ 750 mil para cobrir parte dos estragos causados pelo incêndio. "O pessoal da feirinha Aproxima, que nós estamos juntos desde 2014, entrou em contato conosco e nos apresentou a vaquinha. Estamos aqui meio sem chão, aceitamos porque queremos reconstruir", frisa.
Detalhes da Campanha de Arrecadação
O valor é referente a 12 toneladas de amoras e framboesas congeladas: R$ 200.000, câmaras frias: R$ 94 mil, galpão com revestimento de cerâmica e estrutura metálica: R$ 150 mil. Além de R$ 150 mil para a usina de energia, R$ 120 mil para as embalagens e R$ 36 mil para materiais para uso na produção e eventos, o que inclui freezers, seladora, lavadora de alta pressão, balança digital, entre outros itens. Até o momento, eles conseguiram arrecadar cerca de R$ 14 mil.
Ao Portal iG, Rosana comenta que eles já conseguiram adquirir alguns itens como duas balanças digitais, uma seladora, sacos plásticos, uma lavadora de alta pressão. "Isso porque temos de manter máximo de higiene possível", ressalta.