Serial killer é executado na Flórida com palavras surpreendentes
20/12/2025, 09:09:34Frank Athen Walls se tornou a 19ª execução de um condenado à morte consumada neste ano na Flórida.
Um serial killer condenado por matar cinco pessoas nos EUA foi executado por injeção letal na noite desta quinta-feira (19), no estado norte-americano da Flórida. Em suas últimas palavras, ele surpreendeu ao pedir desculpas para as famílias das vítimas.
Frank Athen Walls, de 58 anos, foi declarado morto às 18h11 (horário local), após receber uma combinação de três drogas na veia enquanto estava amarrado a uma maca, na câmara de execução da Prisão Estadual da Flórida, em Raiford. Um padre rezou aos seus pés durante o procedimento. O condenado se tornou o 19º preso do corredor da morte a ser executado no estado em 2025.
Últimas palavras
Antes da execução, Walls pediu desculpas pelo sofrimento causado às famílias das vítimas. "Agradeço a oportunidade de dizer o que está no meu coração. Se algum familiar estiver aqui, sinto muito por tudo o que fiz, pela dor que causei e por tudo o que vocês sofreram ao longo desses anos", afirmou.
A aplicação da injeção letal começou às 18h e incluiu um sedativo, um agente paralisante e uma droga para provocar parada cardíaca, explica o NY Post. Segundo autoridades, Walls respirou com dificuldade por alguns minutos antes de perder a consciência. Ele foi oficialmente declarado morto pouco depois.
Em sua última refeição, o condenado solicitou frango, bife, legumes, batata assada, cheesecake e suco, informou o jornal USA Today.
Serial killer confesso
Walls foi condenado à pena de morte pelos assassinatos cometidos em julho de 1987 contra o militar da Base Aérea de Eglin, Edward Alger, de 22 anos, e sua namorada, Ann Peterson, de 20. De acordo com registros judiciais, ele invadiu a casa do casal enquanto dormiam, amarrou as vítimas. A violência do crime foi um agravante: ele teria cortado a garganta de Alger durante uma tentativa de reação, atirou nos dois e roubou dinheiro do local.
Ele foi preso no dia seguinte à descoberta dos corpos, após um colega de quarto alertar a polícia sobre seu comportamento considerado estranho e suspeito. Na época, Walls tinha 20 anos. Ao longo do processo, o homem confessou os assassinatos e, após a condenação, exames de DNA também o ligaram ao estupro e ao assassinato de Audrey Gygi, de 47 anos, mãe de quatro filhos, morta a facadas em maio de 1987. Ele não contestou a nova acusação, evitando novo julgamento.
Em acordo com promotores da Flórida, Walls também admitiu os homicídios de Tommie Lou Whiddon, de 19 anos, em março de 1985, e de Cynthia Sue Condra, de 24, em setembro de 1986. Whiddon teve a garganta cortada, e Condra foi esfaqueada 21 vezes.
A morte de Frank Walls marca a 19ª execução realizada na Flórida neste ano, o maior número desde que o estado retomou a aplicação da pena de morte após a revogação de sua proibição nos anos 1970.