Lula anuncia mudança no Turismo com saída de Sabino

Lula e a Saída de Celso Sabino do Ministério do Turismo

O presidente Lula (PT) fez um anúncio significativo nesta quarta-feira (17). Celso Sabino, ministro do Turismo, deve deixar o cargo. A situação se agravou quando Sabino foi expulso do União Brasil no início de dezembro. A expulsão ocorreu após o partido decidir se afastar do governo do presidente petista, enquanto o ministro optou por permanecer em seu cargo.

Com a saída de Sabino, Gustavo Damião, filho do deputado federal Damião Feliciano (União Brasil-PB), está cotado para assumir o ministério. Gustavo já teve experiência como secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Paraíba.

A indicação de Damião teve o suporte do grupo mais alinhado ao governo dentro da bancada do União Brasil, que possui de 20 a 22 deputados. Esse grupo inclui figuras como o ex-ministro Juscelino Filho (MA) e o líder da bancada, Pedro Lucas Fernandes (MA). O presidente do partido, Antônio de Rueda, também deu seu aval para a escolha.

A decisão do União Brasil de se distanciar do governo foi tomada em setembro deste ano e afetou especialmente Sabino, preservando outros indicados do partido sem mandatos, como dirigentes de estatais.

No final de novembro, o Conselho de Ética do União Brasil recomendou a expulsão de Sabino e a dissolução do diretório do Pará, onde ele era presidente. Uma nova comissão provisória foi designada para o lugar. A expulsão foi confirmada em uma reunião da executiva nacional no dia 8 de dezembro.

Após a decisão de sua expulsão, Celso Sabino manifestou-se nas redes sociais, explicando que sua saída ocorreu devido à sua permanência no governo e ressaltando seu desejo de "ajudar o Pará". Ele também aproveitou a oportunidade para reafirmar sua pré-candidatura ao Senado em 2026.

A relação tensa entre Sabino e o partido cresceu após acusações surgirem em uma reportagem do Instituto Conhecimento Liberta (ICL) e da UOL, que implicavam o presidente do partido, Antonio Rueda, em supostas ligações com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Rueda negou essas alegações.

Essa situação levou membros do União Brasil a observar uma possível influência do Palácio do Planalto na reportagem, dado que um dos autores também tinha um programa na TV Brasil. Desde então, o partido orientou seus filiados com cargos no governo Lula a se desligarem.

Embora tenha buscado permanecer no cargo, Sabino se viu forçado a tomar essa decisão, especialmente devido à relevância de sua participação na COP30 (Conferência Climática da ONU), que seria realizada em seu estado natal, o Pará. Sendo um deputado federal licenciado, ele acreditava que poderia usar o evento como um palanque importante.

Apesar de suas tentativas de negociação, o partido exigiu que Sabino abandonasse o cargo ou enfrentaria a expulsão da sigla.