Operação da PF investiga assessora de Arthur Lira
14/12/2025, 22:55:22Introdução
A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (12) relacionados a Mariângela Fialek, conhecida como Tuca, assessora ligada ao ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL). Nomeada a operação de Transparência, a ação foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), para investigar irregularidades na destinação de recursos públicos através de emendas parlamentares.
Investigações e Acusações
A investigação revela que Tuca "atua diretamente na operacionalização do encaminhamento de emendas, efetuando-as supostamente em nome do ex-presidente da Câmara". Além disso, apesar da troca na Presidência da Casa, ela permaneceu em suas funções, o que levanta indícios de que ela faz parte de uma estrutura organizada dedicada ao direcionamento inadequado de emendas parlamentares, supostamente sob ordens do ex-presidente.
Crime e Consequências
Estão sendo investigadas suspeitas de crimes como peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção. A PF determinou a quebra de sigilo telefônico e telemático de Tuca, além de seu afastamento de funções relacionadas a emendas parlamentares. Um dos mandados foi executado na própria Câmara dos Deputados, na sala onde Tuca desempenha suas funções.
Verbas Imunes e Procedimentos
A Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados havia distribuído verbas bilionárias de emendas, supostamente seguindo orientações de Tuca. Os documentos de emendas não eram conhecidos nem pelos membros do colegiado de deputados. Mensagens obtidas indicam que Tuca enviava à cúpula da comissão listas de municípios que deveriam receber verbas e obras, totalizando R$ 1,1 bilhão.
Desdobramentos e Reações
Pela manhã, a segurança da Câmara interditou o corredor onde fica a sala de Tuca, e uma sessão plenária marcada foi cancelada, impactando pautas importantes como o Plano Nacional de Educação (PNE). O acordo para a aprovação do novo plano, vital para sua implementação em 2026, foia cancelado devido ao ocorrido.
Contexto Histórico
Em 2024, um inquérito já havia sido aberto por ordem de Dino, visando investigar o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares pela Câmara. Em decorrência, foram feitas suspensões nos repasses de verbas.
Conclusão
A investigação sobre a assessora de Lira expõe a falta de transparência em práticas legislativas e destaca a importância da supervisão nas emendas públicas. O desenrolar desse caso pode ter repercussões significativas no cenário político brasileiro e levanta questões sobre a administração de recursos do governo. Fique atento ao nosso blog para mais atualizações sobre essa e outras notícias.