O porquê do nosso entendimento da hipertrofia da Câmara Federal

Um país não pode ser refém da hipertrofia de poderes nem dos egos que distorcem a harmonia institucional

O porquê do nosso entendimento da hipertrofia da Câmara Federal

O termo hipertrofia significa o aumento do tamanho das células musculares, resultando em músculos maiores e mais fortes — algo que, metaforicamente, não se aplica ao funcionamento da Constituição Federal, que determina que os Poderes sejam autônomos e harmônicos. No caso em questão, alguém parece desejar ser maior que os demais.

Também é compreensível que a reação de parte dos senhores deputados federais esteja, neste momento, contaminada pelos fatores políticos da disputa entre “direita e esquerda” e pelas eleições de 2026. O período é propício para transformar os holofotes em palco de exibição midiática.

Por fim, entendendo-se que a Câmara Federal não é o maior dos Poderes, mesmo em alinhamento com o Senado da República — leia-se, acordos entre presidentes que somam seus desejos reprimidos, feridos por diferentes razões —, não se deve mover, por rancores, leis que alterem a própria lei natural da boa convivência em nome de egos e vaidades.

Por trás de determinadas decisões estão o país e o povo.

Creditos: Professor Raul Rodrigues