Prisão do Suspeito do Assassinato de Helena Jubany

Prisão do Suspeito do Assassinato de Helena Jubany

Prisão do Suspeito do Assassinato de Helena Jubany

Após 24 anos do brutal assassinato de Helena Jubany, a justiça finalmente tomou uma medida significativa ao ordenar a prisão de Santiago Laiglesia, principal suspeito do crime. Os avanços tecnológicos em análises genéticas revelaram que há vestígios de ADN de Laiglesia nas roupas da vítima, o que levou a reabertura do caso e a sua correspondente implicação no assassinato.
A cerimônia de hoje aconteceu no Julgado de Primeira Instância número 2 de Sabadell, onde Laiglesia se apresentou às 9h30. O suspeito permaneceu em silêncio diante do juiz, ignorando a oportunidade de se defender. Tanto o Ministério Público quanto a acusação particular, representada pela família de Helena, solicitaram a prisão preventiva do acusado devido ao risco de fuga.
O juiz destacou que a descoberta do ADN configura um indício adicional que, somado a outros elementos já existentes, incrimina Laiglesia de maneira substancial. A decisão de prender o acusado foi baseada na avaliação de que, com a gravidade das acusações e as novas evidências, o risco de uma possível fuga aumentava consideravelmente. Embora Laiglesia tenha permanecido disponível para os julgamentos desde a reabertura do caso, o juiz enfatizou que a gravidade das novas provas poderia mudar essa disposição.
De acordo com a magistrada, a situação de Laiglesia é obscura em termos de arraigamento, uma vez que não foram apresentados documentos que comprovem suas obrigações familiares ou ocupacionais. A única informação revelada é que Laiglesia é funcionário da Generalidade da Catalunha, o que sugere que ele possui um nível econômico que facilitará sua fuga para fora da União Europeia.
Helena Jubany, uma jovem jornalista e bibliotecária, foi encontrada morta em 2001 em um pátio interno de um prédio em Sabadell. Seu corpo estava nu, e suas roupas foram localizadas em uma laje do edifício de onde caiu. A autópsia determinou que não se tratava de um suicídio, pois a jovem estava sob efeito de uma dosagem perigosamente alta de um sedativo.
A investigação inicial centrou-se na União Excursionista de Sabadell, à qual Helena pertencia. Outro ponto de referência na ocasião foi Montserrat Careta, uma integrante do grupo que vivia no mesmo prédio onde o corpo foi encontrado. Mensagens ameaçadoras foram enviadas a Helena algumas semanas antes do assassinato, e a polícia suspeitou que poderiam ter origem em Careta, que foi presa preventiva e posteriormente cometeu suicídio na cadeia, deixando uma carta afirmando sua inocência.
A relação entre Careta e Laiglesia se tornou outra ponte no caso, pois eles formavam um casal na época do crime. O interesse sobre Laiglesia foi reacendido em 2020, quando uma gravação apresentou novas evidências que causaram um novo impulso nas investigações, levando ao seu interrogatório. Outras testemunhas foram chamadas e a investigação foi reavivada.
A decisão do juiz reflete o impacto das novas evidências que surgiram nos últimos anos, aumentando a pressão sobre Laiglesia e destacando a indignação da sociedade em buscá-lo para a justiça após tantos anos. Com isso, o caso de Helena Jubany permanece como um lamento sobre a justiça e busca de verdade e responsabilização.