Justiça mantém pena de 175 anos a pai por assassinato

Justiça mantém pena de 175 anos a pai por assassinato

Pedido da defesa de anulação do julgamento foi recusada


O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) manteve a condenação de um pai a 175 anos de prisão em regime fechado pelos homicídios dos quatro filhos, ocorridos em dezembro de 2022, no município gaúcho de Alvorada. A decisão rejeitou o pedido da defesa por um novo julgamento e o questionamento da pena aplicada.
Segundo o desembargador responsável pelo caso, os quatro assassinatos foram cometidos de forma cruel com destaque para a "personalidade manipuladora e fria do réu".
Relembre o caso David da Silva Lemos, de 31 anos, foi condenado a 175 anos de prisão em maio deste ano pela morte dos quatro filhos, que tinham entre três e 11 anos de idade na época do crime. Eles foram mortos a facadas e por asfixia na casa onde moravam em 2022.
As vítimas foram mortas uma de cada vez, enquanto David as colocava para dormir. O tribunal entendeu que o pai teria utilizado a morte dos filhos para gerar sofrimento na ex-companheira.
Decisão: A pena, em regime fechado, foi determinada após a soma das condenações por três homicídios triplamente qualificados e um homicídio quadruplamente qualificado cometidos contra as vítimas, segundo o TJRS.
O tribunal manteve a pena com base na gravidade dos fatos, nas circunstâncias desfavoráveis e na correta aplicação das agravantes. Destacou ainda que a dosimetria não apresenta irregularidade.
O TJRS destacou que o próprio acusado confessou informalmente o crime aos policiais e que foram reconhecidas cinco "circunstâncias judiciais negativas". O condenado segue preso e não poderá recorrer em liberdade.
As vítimas, Yasmin (11 anos), Donavan (8 anos), Giovanna (6 anos) e Kimberlly (3 anos) foram encontradas mortas dentro de casa, no Bairro Piratini. Três apresentavam marcas de facadas, e uma, sinais de asfixia. Segundo o Ministério Público, a condenação de 175 anos de prisão representa uma das mais severas penas aplicadas pela Justiça gaúcha.