CPMI investiga núcleo político de fraude no INSS
07/11/2025, 16:37:05Introdução à Investigação da CPMI do INSS
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, senador Carlos Viana, do Podemos, anunciou, nesta quinta-feira (6), o início de uma nova fase nas investigações. Esta etapa visa apurar e identificar o núcleo político criminoso que possibilitou a continuidade da fraude ao longo de vários governos.
Resposta a Críticas e Foco da Investigação
A declaração do senador aconteceu em resposta a um editorial publicado na última quarta-feira (5) pelo jornal Estadão, que questionou a eficácia do trabalho realizado pela CPMI em relação à punição dos envolvidos na fraude. Para Viana, a CPMI tem a responsabilidade de apresentar resultados a todos os aposentados e pensionistas que foram prejudicados. Ele enfatizou que, entre os resultados esperados, está a identificação e a punição de todos os núcleos envolvidos no esquema, com ênfase no núcleo político.
Declarações do Senador Carlos Viana
“Nós estamos entrando na fase mais delicada, porque as operações, os depósitos, tudo isso já está muito bem delineado. Hoje se a gente quisesse acabar com a CPMI e fazer um relatório apontando quem roubou, nós já poderíamos fazer. Quando a gente senta e analisa, nós já temos aqui todo o núcleo criminoso operativo. Mas cadê o núcleo criminoso político? Cadê aqueles que indicaram? E eles receberam o quê pelas indicações para manter essas pessoas roubando os aposentados?”, questionou Viana.
Acareação entre Envolvidos na Fraude
A CPMI do INSS também aprovou, nesta quinta-feira (6), a acareação entre Antônio Carlos Camilo Antunes, também conhecido como Careca do INSS, apontado como um dos principais articuladores da fraude, e o advogado Eli Cohen, que foi um dos primeiros a denunciar o esquema de descontos indevidos nas aposentadorias. O pedido de acareação foi sugerido pelo vice-presidente da comissão, deputado Duarte Júnior, do PSB, embora ainda não haja datas estabelecidas para os depoimentos. Tanto Cohen quanto Antunes já prestaram depoimento à CPMI em momentos separados.
Descrição do Esquema Fraudulento
A CPMI investiga um esquema fraudulento que falsificava autorizações de idosos, transformando-os em mensalistas de associações e sindicatos. As entidades envolvidas firmavam acordos com o INSS, permitindo a realização de descontos automáticos nas pensões e aposentadorias. A Polícia Federal estima que, entre 2019 e 2024, a fraude tenha desviado cerca de R$ 6,3 bilhões.
Conclusão e Convite à Reflexão
Esse desdobramento na investigação da CPMI do INSS chama a atenção não apenas pela gravidade da fraude, mas também pela possibilidade de responsabilização de envolvidos no núcleo político. A sociedade deve acompanhar de perto os resultados das apurações e clamar por justiça. Fique atento às novidades sobre esse caso e participe da discussão sobre a importância da ética na política.