Rio de Janeiro enfrenta crescimento do crime organizado

Rio de Janeiro enfrenta crescimento do crime organizado

O cenário atual do crime organizado no Brasil

O Ministério da Justiça estima, pois não é possível fornecer um número exato, haver hoje no Brasil cerca de 88 facções criminosas, cuja atuação impacta desde o comportamento da juventude até a economia formal. No campo do comportamento, esses grupos criminosos controlam o que se pode ou não fazer, se vestir, lidar com situações, nos territórios sob seu controle.

Violência no cotidiano

Em fevereiro de 2025, um jovem de 20 anos foi morto em Manaus por ter portado uma foto na qual faz um gesto interpretado como sendo de uma facção rival. Mais recentemente, em agosto de 2025, Sther Barroso, uma jovem de 22 anos, esteve envolvida em um episódio trágico, sendo espancada até a morte após, segundo relatos de testemunhas, ter se negado a sair de um baile funk no Rio de Janeiro na companhia de um traficante.

A expansão do crime organizado

Na mesma região amazônica, onde o crime organizado vem claramente expandindo seus domínios, tivemos a morte de Bruno Pereira e Dom Phillips, em 2022, por sua atuação contra atividades ilegais na região, como garimpo e pesca ilegal. Como um efeito reflexo inesperado dessa presença massiva do crime, registrou-se também um aumento da violência contra a mulher, comprovando ser a expansão do crime organizado um fenômeno com impacto social amplo.

Números alarmantes

Segundo o “Fórum Brasileiro de Segurança Pública”, no Brasil atual, ao menos 23,5 milhões de pessoas vivem em áreas com a presença de facções criminosas ou milícias, mais de 10% da população do país, de 216 milhões. É uma força de influência muito considerável e grave em termos principalmente de projeções para o futuro, pois se trata de uma estrutura que coopta ou arregimenta de modo muito dirigido os jovens desses locais.

Impactos econômicos do crime organizado

Outra manifestação dessa força criminosa se dá no campo econômico. O crime organizado, no Brasil, para o ano de 2022, faturou somente com a exploração de bebidas, R$ 56,9 bilhões. Com tabaco e cigarros, o faturamento foi de R$ 10,3 bilhões. Ouro, R$ 18,2 bilhões e combustíveis e lubrificantes mais R$ 61,4 bilhões. Hoje, em grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo, mas também Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Vitória, essas facções criminosas também buscam a lavagem de dinheiro (ou lavagem de capitais) como forma de atuação.

Incursão na política

Há empresas de ônibus, postos de gasolina, lojas de automóveis e até equipes de futebol de propriedade do crime organizado. Já se observa um movimento desses grupos para ocuparem espaços na política e no próprio Estado, especialmente nas carreiras públicas ligadas ao Poder Judiciário e Ministério Público.

Crimes virtuais em expansão

Entre julho de 2023 a julho de 2024, o Brasil teve um prejuízo de R$ 22,7 bilhões com roubos/furtos de celular, ações totalmente vinculadas ao crime organizado, que precisa dos aparelhos, por sua vez, para praticar crimes virtuais. Assim, esses golpes virtuais, via Pix, boletos falsos e fraudes de cartão de crédito, assim como adulteração de maquininhas de cartão, geraram outros R$ 48 bilhões para o crime organizado em 2023-2024.

Conclusão

A situação do crime organizado no Brasil é cada vez mais preocupante, e suas repercussões são sentidas em diversos aspectos da vida social e econômica. Precisamos continuar atentos e discutir formas de enfrentar esse desafio. Deixe seus comentários abaixo e compartilhe suas opiniões sobre o que pode ser feito para combater o crime organizado em nosso país.