Japinha do CV não é uma das vítimas identificadas pela polícia
04/11/2025, 17:34:39Japinha do CV e a desinformação nas redes sociais
A imagem de um corpo com ferimento no rosto que circulava nas redes sociais havia sido atribuída a ela. A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou nesta segunda-feira (03) uma lista com a identificação de 115 dos 117 suspeitos mortos durante a megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, ocorrida na última semana. Todos os suspeitos, incluindo os dois com análise não conclusiva, eram homens.
A “Japinha do CV”, apontada como uma das principais traficantes do Comando Vermelho (CV) na região, chegou a ser mencionada como uma das possíveis vítimas, segundo relatos que circulavam nas redes sociais e uma publicação de uma amiga próxima, que divulgou uma conversa mantida com ela durante a ação policial. Porém, ela não consta na listagem final da polícia.
Desdobramentos recentes
A mulher, também conhecida como “Penélope”, teve sua suposta morte associada a uma imagem que circulou nas redes sociais, mostrando uma pessoa com roupa camuflada e o rosto desfigurado por um tiro. O iG teve acesso à foto, mas optou por não divulgá-la por ser conteúdo sensível. Segundo a polícia, o corpo atribuído a ela era, na verdade, de um homem.
Informações obtidas pelo Metrópoles indicam que os policiais envolvidos na megaoperação confirmaram que o cadáver em questão não pertencia à "Japinha do CV". O seu paradeiro é desconhecido pelos agentes.
Nos últimos dias, perfis falsos utilizando imagens da “musa do crime” foram criados para espalhar informações falsas, como mensagens de luto e para solicitar doações via Pix e até divulgar casas de apostas. Em algumas dessas contas, os golpistas se passam por familiares da “Japinha”.
Contexto da operação
Segundo os dados da Polícia Civil, entre os 117 mortos no confronto da última terça (28) durante a megaoperação, 95% tinham ligação com o Comando Vermelho. Além disso, 54% eram de outros estados. Pelo menos 97 dos envolvidos tinham histórico criminal relevante, de acordo com os agentes. Entre os demais, 12 apresentavam indícios de envolvimento com a facção, identificados por publicações em suas redes sociais.
Desse forma, a situação envolvendo a “Japinha” evidencia os perigos da desinformação e o impacto que isso pode ter na vida de indivíduos, especialmente aqueles que estão vinculados a atividades ilícitas.