Condenado à morte opta por fuzilamento nos EUA
04/11/2025, 19:34:29Condenação e escolha do método
Um homem condenado à morte na Carolina do Sul (EUA) por assassinar e torturar vítimas, deixando mensagens escritas com o sangue de uma delas, escolheu morrer por uma execução polêmica: por fuzilamento. Stephen Bryant, de 44 anos, será o terceiro preso a ser executado neste ano pelo método. A execução está marcada para 14 de novembro. Bryant foi condenado pelo assassinato de Willard Tietjen, crime ocorrido dentro de casa em outubro de 2004. De acordo com a investigação, o criminoso queimou os olhos da vítima com cigarros, atirou várias vezes e escreveu na parede, com o sangue de Tietjen, a frase: "catch me if u can" ("me pegue se for capaz", em português).
Histórico criminal
Segundo a acusação, Bryant também matou outros dois homens nas semanas seguintes, baleados enquanto paravam à beira da estrada. Ele é responsável por uma série de crimes que aterrorizou o condado de Sumter, segundo a CBS News.
Sentença de morte
Em outubro, a Suprema Corte dos EUA decidiu que não vai avaliar a condenação. A decisão de Bryant de morrer por fuzilamento, em que disparos são feitos por três atiradores voluntários a uma distância de 4,5 metros, deve gerar nova batalha judicial. O método se tornou polêmico após a execução anterior, de Mikal Mahdi, também por fuzilamento, em abril de 2025. Os advogados de Mahdi afirmaram que os disparos não acertaram diretamente o coração, prolongando o sofrimento da vítima por mais de um minuto. Testemunhas relataram gemidos e grunhidos durante a execução.
Retorno das execuções na Carolina do Sul
A Carolina do Sul retomou as execuções em 2024, após 13 anos de suspensão devido à falta de drogas letais para injeção. Hoje, o estado oferece três opções de execução: injeção letal, cadeira elétrica e fuzilamento. O primeiro fuzilamento desde 2010 nos EUA ocorreu em março de 2025, seguido por Mahdi no mês seguinte. Com Bryant, serão oito execuções desde a retomada, e vai marcar a 50ª no estado desde a volta da pena de morte, há quatro décadas.
Crime e suas consequências
De acordo com o processo divulgado pela CBS News, Bryant foi até a casa de Tietjen alegando problemas no carro. Lá, atirou várias vezes na vítima e acendeu velas ao redor do corpo. Em seguida, molhou um pano em sangue e escreveu na parede: "victim 4 in 2 weeks. catch me if u can" ("vítima 4 em duas semanas. me pegue se for capaz"). A filha de Tietjen tentou ligar diversas vezes para o pai e, após várias tentativas, ouviu uma voz desconhecida atender e afirmar que havia o matado. Durante o julgamento, a defesa alegou que Bryant sofria de graves traumas psicológicos e tinha pedido ajuda a familiares e a um agente de condicional semanas antes dos crimes, relatando abusos sexuais na infância. Segundo os advogados, ele tentava aliviar o sofrimento usando metanfetamina e cigarros borrifados com inseticida.