Quadrilha disfarçada de PF rouba arsenal em Vinhedo
29/10/2025, 18:38:58Invasão Disfarçada
Na manhã de terça-feira (28), dois carros pararam diante de uma chácara localizada no bairro Chácara Santo Antônio, em Vinhedo. De dentro dos veículos, sete homens armados desceram, vestindo coletes balísticos e ostentando um mandado de busca e apreensão, que os fazia parecer agentes federais. No entanto, não eram.
Esse grupo criminoso invadiu a propriedade de um CAC (caçador, atirador desportivo e colecionador) e fez o morador refém. Ao todo, foram levadas 27 armas de fogo, entre fuzis, espingardas, pistolas e revólveres, além de 4 mil munições, 2 mil cartuchos vazios, 20 quilos de pólvora, celulares e a documentação do arsenal. As munições estavam armazenadas em um cofre.
Para dificultar qualquer tentativa de socorro, os bandidos cortaram o cabo de fibra óptica que fornecia internet à área. O material roubado foi transportado em um caminhão-baú, que foi utilizado na fuga.
O Sequestro e a Fuga
Durante a ação criminosa, o dono da chácara foi levado à força em uma viatura falsa. Sob a ameaça de morte, ele foi abandonado às margens da Rodovia Edenor João Tasca. Somente após ser deixado, conseguiu pedir ajuda em um posto de combustível.
O caso foi oficialmente registrado na Delegacia de Polícia de Vinhedo como roubo qualificado, sequestro e associação criminosa. As equipes de perícia realizaram uma investigação no local, e parte da ação foi registrada por câmeras de segurança.
Prisões e Investigações
Na mesma noite da ocorrência, a Polícia Civil prendeu o vizinho da vítima, um homem de 25 anos. Ele confessou ter passado informações sobre a rotina do colecionador à quadrilha, alegando estar endividado com criminosos. Com ele, foram apreendidas 70 munições.
Ainda há diligências em três cidades do Estado para tentar localizar outros integrantes da quadrilha e recuperar o armamento roubado.
O caso levantou alertas entre as autoridades sobre o uso de disfarces oficiais por grupos especializados em invasões residenciais, que se disfarçam como operações legítimas.