Governadores de direita usam mortes no Rio como palanque
29/10/2025, 21:37:32Polêmica no Rio de Janeiro
Aliados do presidente Lula (PT) criticaram, nesta quarta-feira (29), o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), e os demais governadores de oposição que manifestaram solidariedade após a operação da polícia que resultou em mais de cem mortos, a mais letal da história do país.
"Lamentável que governadores, na saga de atacar o presidente Lula, montem palanque sobre os corpos de centenas de mortos, que façam comício sobre as lágrimas de centenas de mães que ainda não enterraram seus filhos. Não será com politicagem que vamos derrotar o crime organizado, e sim com competência, como foi feito na operação Carbono Oculto", afirmou o presidente do PT, Edinho Silva, nas redes sociais.
Como reportado pela Folha, cinco governadores de direita se reuniram de forma virtual nesta manhã para oferecer apoio a Castro. Uma nova reunião presencial está agendada para ocorrer no Rio nesta quinta-feira (30).
Os governadores que participaram da reunião são: Tarcísio de Freitas (Republicanos, São Paulo), Romeu Zema (Novo, Minas Gerais), Ronaldo Caiado (União Brasil, Goiás), Jorginho Mello (PL, Santa Catarina) e Mauro Mendes (União Brasil, Mato Grosso).
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, comentou que a ação policial configura uma "chacina eleitoral" que foi "planejada politicamente". "É a tentativa de sequestrar uma pauta. [...] É muito grave. Qual a consequência positiva para o Rio de Janeiro? Me cite uma. O tráfico está enfraquecido? Não. Melhorou educação, saúde? Não.", disse a jornalistas.
Os números de mortos na 'megaoperação desastrosa' no Rio ultrapassam 130. Corpos sem roupas foram dispostos em uma rua próxima a uma comunidade, a fim de facilitar a identificação através de tatuagens e marcas de nascença ou cicatrizes, e a situação ganhou repercussão mundial.