Antes de votarmos devemos fazer perguntas com as respostas certas

Decidirmos o voto por opiniões alheias é errado. E quanto maior as opiniões críticas de quem não responde às perguntas das suas próprias críticas, maior o erro.

Antes de votarmos devemos fazer perguntas com as respostas certas

Antes de votarmos, precisamos entender que o ato de escolher um candidato não é apenas apertar um botão na urna — é assumir um compromisso com o futuro. A eleição não é um jogo de torcida, é uma decisão de responsabilidade coletiva. Por isso, antes de votar, é essencial fazer perguntas. Mas mais importante que as perguntas certas, é buscar as respostas certas.

Devemos perguntar: Quem é esse candidato? O que ele já fez? Vive da política ou trabalha pela política? Não basta o discurso bonito ou o santinho bem impresso; é preciso olhar para a coerência entre o que promete e o que já praticou. A história de um político é o seu currículo moral.

É preciso questionar também: De onde vem o dinheiro da campanha? Quem o financia? Porque quem banca o espetáculo, geralmente cobra o ingresso depois da vitória. E quando o eleitor não faz essas perguntas, o preço que se paga é alto — pago em forma de descaso, corrupção e promessas quebradas.

Outra pergunta essencial: Ele representa o povo ou representa grupos e interesses particulare ou familiares? Há candidatos que se dizem populares, mas governam para poucos. E há os que nunca aparecem nas festas nem nas selfies, mas estão presentes nas decisões sérias e nos projetos que mudam vidas trabalhando para e pelo povo.

O eleitor que não pergunta, se engana. E o eleitor que pergunta, mas aceita qualquer resposta, se ilude. Fazer perguntas certas é o começo da consciência política; buscar respostas verdadeiras é o caminho da mudança.

O voto é uma arma silenciosa, mas poderosa. Antes de apertar o verde da confirmação, é preciso acender o amarelo da reflexão. Porque, na urna, o erro é individual, mas a consequência é coletiva.

Pense, pergunte e escolha com verdade. Só assim a democracia deixa de ser um rito de engano e passa a ser um ato de lucidez.

Creditos: Professor Raul Rodrigues