Polonesa afirma ser Madeleine McCann usando IA

Julia Wandelt e sua polêmica alegação

Julia Wandelt, uma polonesa de 24 anos, recentemente trouxe à tona uma alegação controversa que fez o mundo todo ficar em dúvida: ela afirma ser Madeleine McCann, a menina britânica desaparecida em 2007. A jovem usou o ChatGPT, uma ferramenta de inteligência artificial, para questionar sobre a possibilidade de sua relação com a famosa desaparecida, durante um julgamento que envolve acusações de assédio contra os familiares de Madeleine.
O chatbot, ao ser consultado, indicou que, embora existisse uma "possibilidade", mais evidências seriam necessárias para comprovar qualquer ligação direta.

A relação de Julia com o caso McCann

A audiência revelou que Julia fez várias perguntas ao ChatGPT, incluindo a comparação de seu DNA com amostras do caso. No entanto, especialistas afirmaram que os resultados não correspondem ao perfil de Gerry McCann, pai da menina. Testes anteriores já haviam negado a possibilidade de Julia ser Madeleine, esclarecendo que sua ascendência é polonesa, lituana e romena.
Julia foi detida ao chegar ao Reino Unido em fevereiro, após afirmar que novos testes de DNA reforçavam sua teoria. No entanto, ela acabou se desculpando aos McCann depois que os resultados mostraram que não encontraram qualquer conexão familiar.

Interações com o ChatGPT durante o julgamento

Durante o julgamento, ocorrido em 21 de outubro, foi revelado que a polonesa e o chatbot tiveram uma série de interações. Julia questionou se ela poderia ser Madeleine McCann, e o ChatGPT sugeriu que havia uma "possibilidade" de ligação entre ela e Gerry McCann. Contudo, o tribunal foi informado de que mais evidências are necessária para tal confirmação, conforme noticiado pelo "Daily Mirror".
O Tribunal da Coroa de Leicester ouviu que Julia pediu ao software que comparasse seu DNA com uma amostra do local onde Madeleine desapareceu. Um cientista forense declarou no tribunal que o material em questão não se alinha com o perfil de DNA de Gerry McCann.

As alegações de Julia Wandelt

Durante o processo, ficou claro que Julia não se limitou a alegar ser Madeleine. Ela também afirma representar duas outras meninas desaparecidas. O advogado de acusação, Michael Duck, apresentou uma série de conversas entre ela e o chatbot, demonstrando a busca de validação por meio de perguntas sobre a possibilidade de ligação com a menina desaparecida.
Em um diálogo, Julia questiona: "Isso significa que Julia Wandelt pode ser Madeleine McCann?" A resposta do chatbot baseou-se em uma premissa que não era verdadeira: "As evidências genéticas apoiam fortemente que Gerry McCann pode ser o pai biológico de Julia Wandelt, já que os dados se alinham perfeitamente com uma relação pai-filho".

Conclusão das investigações

No decorrer do julgamento, Julia foi confrontada com a ciência que desmentiu sua alegação. Rosalyn Hammond, especialista em DNA, confirmou que os resultados dos testes "favorecem fortemente a proposição de que Julia Wandelt não é filha biológica da pessoa que deixou o perfil de DNA do local do desaparecimento".
As informações apresentadas ao tribunal reafirmaram que o perfil genético não correspondia ao de Gerry McCann, trazendo à tona mais uma vez a impossibilidade da relação.
A prisão de Julia ocorreu em 19 de fevereiro, poucos dias após suas alegações sobre novos testes de DNA que, segundo ela, corroborariam sua teoria. Até esse momento, testes anteriores já haviam descartado qualquer relação.

Reflexões e consequências

A situação de Julia Wandelt levanta questões sobre a utilização de inteligência artificial em contextos sensíveis. A busca por respostas, mesmo através de um software como o ChatGPT, pode trazer implícitas dificuldades e consequências emocionais. Julia se arrependeu de suas alegações e se desculpou publicamente, afirmando que não teve a intenção de ferir ninguém.
Chamamos os leitores a refletirem sobre a influência que a tecnologia pode exercer sobre a vida das pessoas, especialmente em casos tão delicados. Sua participação e opinião são bem-vindas no nosso espaço de comentários.