Genro é julgado por assassinar sogra e ocultar corpo

Genro é julgado por assassinar sogra e ocultar corpo

O caso em julgamento

Leandro dos Santos Araújo, de 23 anos, é acusado de assassinar a sogra, a garçonete Flávia dos Santos Carneiros, em março do ano passado. No banco dos réus, também está o pai do réu, Ademir da Silva Araújo, que responde por ocultação de cadáver. A investigação da Polícia Civil concluiu que Flávia foi morta com aproximadamente 20 facadas, a maioria concentrada na região do pescoço. O crime chocou pela crueldade: após o assassinato, o corpo de Flávia permaneceu no interior de uma geladeira por quatro dias, dentro da própria casa da vítima.

O julgamento no Tribunal do Júri

O Tribunal do Júri da Capital em Maceió julga, nesta segunda-feira (20), Leandro dos Santos Araújo, acusado de assassinar a sogra com 20 facadas e ocultar o corpo com a ajuda do pai. O Ministério Público de Alagoas, representado pelo promotor de Justiça Marcus Mousinho, sustenta a tese de homicídio triplamente qualificado, englobando motivo fútil, meio cruel e feminicídio, além do crime de ocultação de cadáver.

Os detalhes do crime

A investigação concluiu que Flávia foi morta com 20 facadas, a maioria na região do pescoço, conforme o laudo do Instituto Médico Legal (IML). A vítima tentou se defender dos golpes desferidos pelo namorado da filha, mas não resistiu. Após o assassinato, seu corpo foi mantido na geladeira por quatro dias. Os dois réus, pai e filho, descartaram o aparelho refrigerador em uma área de vegetação no bairro de Guaxuma, em Maceió.

Depoimentos e provas

O primeiro dia do júri foi marcado pelo depoimento da policial civil Vanessa Queiroz, que participou da prisão dos envolvidos. A policial relatou que a equipe foi acionada para averiguar o descarte da geladeira, que estava lacrada, confirmando a presença de um corpo em seu interior. A Delegacia de Homicídios (DHPP) assumiu o local do corpo, enquanto a Oplit seguiu até a casa do pai do principal acusado, onde foi apreendida a filha da vítima.

A adolescente inicialmente negou saber do crime, alegando que a mãe havia ido embora. Somente na delegacia, confessou o assassinato. Ademir, o pai, negou a participação inicialmente, mas confessou ter ajudado o filho na ocultação do cadáver.

Confissão e mudanças de planos

Um frentista que transportou a geladeira alegou ter sido contratado para buscar o aparelho, que estava gelando no momento da retirada. Segundo seu relato, os réus mudaram o destino da "entrega" várias vezes, até indicarem a área de vegetação em Guaxuma, alegando que a geladeira "tinha uma macumba". A testemunha afirmou que, após descartarem o corpo, pai e filho "voltaram para o carro conversando numa boa como se nada tivesse ocorrido".

O julgamento segue nesta segunda-feira com a oitiva das demais testemunhas e o interrogatório dos réus.