Detalhes sobre o assalto no Museu do Louvre foram revelados
21/10/2025, 12:32:11O que se sabe até agora sobre o assalto no Museu do Louvre
Criminosos levaram nove peças do acervo da coroa francesa.
O Museu do Louvre, em Paris, foi fechado temporariamente na manhã deste domingo (19), após a invasão de uma quadrilha que levou nove joias "de valor inestimável" da coleção da coroa francesa. Os criminosos invadiram o museu mais famoso da França em plena luz do dia, com estratégias e ferramentas dignas de um assalto de cinema. Veja, a seguir, o que se sabe e o que ainda falta saber sobre o assalto no Museu do Louvre.
O crime
A ação que durou cerca de sete minutos e ocorreu por volta das 9h30 (madrugada no Brasil), logo após a abertura do museu ao público. Segundo as autoridades francesas, quatro homens participaram do roubo. Dois deles usaram um elevador mecânico acoplado a um caminhão para alcançar uma varanda da Galeria de Apolo, setor que abriga relíquias da realeza. A dupla cortou as janelas com ferramentas elétricas, invadiu o prédio e, após quebrar as vitrines, recolheu as peças. Os criminosos fugiram em scooters pela margem do Rio Sena. Ninguém ficou ferido, e o Louvre foi evacuado. O museu seguiu o protocolo de segurança e acionou as forças policiais assim que o alarme disparou. A ministra da Cultura, Rachida Dati, disse que o roubo foi "rápido e profissional" e o ministro do Interior, Laurent Nuñez, afirmou que a operação foi "muito bem planejada".
Quais peças foram levadas?
Entre os itens roubados estão tiaras, colares, brincos e broches do século XIX. As peças pertenciam às antigas coleções de imperatrizes e rainhas da França, como Eugênia (esposa de Napoleão III), Maria Luísa (segunda esposa de Napoleão Bonaparte) e Maria Amélia. O Ministério da Cultura da França confirmou que foram levadas nove peças. São elas:
- Tiara e broche da imperatriz Eugênia, com diamantes;
- Colar e brincos de esmeraldas da imperatriz Maria Luísa;
- Conjunto de safiras que pertenceu à rainha Maria Amélia e à rainha Hortense;
- Broche conhecido como “relicário”.
Suspeitos
Até o momento, ninguém foi preso. As investigações estão sob responsabilidade do Ministério Público de Paris, com apoio de um departamento especializado no combate ao tráfico de bens culturais. Os investigadores analisam imagens de câmeras de segurança e avaliam se houve envolvimento interno, já que os ladrões usavam coletes amarelos, semelhantes aos dos funcionários do museu. Uma das hipóteses é que o crime tenha sido encomendado por um colecionador particular. Outra é o envolvimento do crime organizado, com uso das joias para lavagem de dinheiro.
O que ainda falta esclarecer?
Ainda não se sabe a identidade dos quatro suspeitos nem o destino das joias roubadas. As autoridades também não confirmaram se o grupo recebeu ajuda de dentro do museu. A promotora de Paris, Laure Beccuau, afirmou que todas as hipóteses estão sendo consideradas. O presidente Emmanuel Macron prometeu "recuperar o patrimônio roubado" e garantir que os responsáveis sejam punidos.
O Louvre segue fechado "por motivos excepcionais", segundo comunicado oficial. As áreas ao redor do museu continuam isoladas pela polícia.