Serial killer é descoberta após envenenar colegas de turma

Serial killer é descoberta após envenenar colegas de turma

A descoberta de um serial killer em São Paulo

Ana Paula Veloso Fernandes é a principal suspeita de quatro mortes ocorridas entre janeiro e maio deste ano. O caso vem provocando comoção e revolta na sociedade, especialmente por envolver crimes tão cruéis e premeditados.

Investigação e prisão

O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) indiciou Ana Paula por ter envenenado e assassinado quatro pessoas, na sequência de cinco meses, nas cidades de Guarulhos e São Paulo, além de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

As investigações realizadas pela Polícia Civil levaram à descoberta da "serial killer" após uma tentativa de envenenamento em colegas da faculdade onde ela estudava, em Guarulhos. Desde julho, Ana Paula está presa preventivamente, assim como sua irmã gêmea e uma amiga, que são suspeitas de ajudarem nos crimes.

A trama do bolo envenenado

Analisando um caso de um suposto bolo envenenado na faculdade, as autoridades descobriram que Ana Paula estava por trás desse episódio. O delegado Halisson Ideiao Leite, em entrevista à TV Globo, revelou que a mulher compareceu à delegacia para tentar incriminar outra pessoa.

Ana Paula escreveu um bilhete se passando por outra pessoa, incentivando os outros a comerem o bolo: "Para a turma de Direito 4D, um ótimo feriadão! Um bolo para adoçar a manhã de vocês!". Esse elo decisivo do inquérito acabou revelando que a mulher não era uma vítima, mas sim a mentora de uma série de crimes.

O histórico das mortes

Após a identificação de indícios que a implicavam em quatro envenenamentos entre janeiro e maio deste ano, Ana Paula foi formalmente presa em janeiro. As vítimas de seus crimes foram:

  • Marcelo Hari Fonseca, proprietário de um imóvel onde Ana Paula pagava aluguel em Guarulhos;
  • Maria Aparecida Rodrigues, uma amiga virtual da acusada, também em Guarulhos;
  • Neil Corrêa da Silva, pai de uma das vítimas, no Rio de Janeiro;
  • Hayder Mhazres, namorado tunisiano de Ana Paula, residente na capital paulista.

Segundo a cronologia das mortes, que foi divulgada pelo g1, as vítimas foram mortas em dias específicos entre janeiro e maio desse ano, criando um padrão alarmante. Ana Paula contaria com a colaboração de sua irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, e de Michelle Paiva da Silva, 43 anos, filha de uma das vítimas, que foi presa no Rio de Janeiro sob a acusação de participação nos crimes.

Motivação e consequências

As investigações indicam que todas as mortes estavam ligadas a um objetivo financeiro, visando a obtenção de bens e recursos das vítimas. Notou-se que todas apresentaram edemas nos pulmões e outros sinais típicos de envenenamento. O Ministério Público considera que Ana Paula recebeu auxílio de Roberta para realizar os crimes, enquanto Michelle teria oferecido R$ 4 mil para as irmãs assassinarem seu pai.

A mulher foi formalmente denunciada em setembro e agora é ré pelos quatro homicídios. Até o momento, sua irmã gêmea ainda não recebeu acusações. O Portal iG busca mais informações junto à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e atualizará a informação assim que houver novas evidências.