O que devemos fazer com os votos que perdemos? Não mais repeti-los

A maturidade política começa quando o eleitor entende que voto não é emoção, é responsabilidade.

O que devemos fazer com os votos que perdemos? Não mais repeti-los

Perder um voto não é apenas ver um candidato derrotado nas urnas — é perceber que, muitas vezes, quem venceu foi a mentira, a ilusão ou a velha promessa reciclada. O verdadeiro desafio não é lamentar o voto perdido, mas entender o motivo pelo qual o entregamos sem reflexão.

O eleitor brasileiro precisa compreender que voto não é prêmio de amizade, nem castigo de raiva. É instrumento de mudança. Quando insistimos em votar nos mesmos rostos, nas mesmas práticas e nos mesmos grupos, estamos assinando o contrato da repetição: repetimos os erros, as decepções e a corrupção travestida de eficiência.

O voto perdido é aquele que alimenta o sistema que já se provou falido. É o voto dado ao político que some depois da eleição, que troca o povo por acordos, que promete ética e entrega escândalo. É o voto que não cobra, não observa, não reage.

O que devemos fazer com esses votos? Guardá-los como lição. Não mais repeti-los. Aprender com o erro é o primeiro passo para mudar o rumo de uma cidade, de um estado, de um país. O voto consciente é o antídoto da manipulação.

Cada eleição é uma oportunidade de reescrever a história, não de reeditar o mesmo roteiro. A democracia amadurece quando o povo percebe que o voto não é um papel que se entrega, é um poder que se exerce. E poder que se repete sem crítica, vira submissão.

Portanto, se perdemos votos no passado, que eles sirvam de alerta — não de destino. Porque só há uma forma de corrigir o erro político: não o repetindo.

Creditos: Professor Raul Rodrigues