Depois de demitidos, a conta só aumenta. Mas até quando?
10/10/2025, 21:23:16A velha política da revanche continua ativa: quem perdeu o cargo não aceita a derrota e financia a discórdia.
Há um tipo de “militância” que não nasce da ideologia, mas da frustração. São vozes contratadas pela mágoa, movidas não pela convicção, mas pela folha de pagamento que já não existe. A cada governo, é o mesmo roteiro: quem perde o cargo ou o contrato se reinventa como “justiceiro das redes”, “influencer do ódio” ou “denunciante de ocasião”. Mas, no fundo, não há indignação cívica — há apenas o desejo de vingança contra quem lhes tirou o poder de mando.
E a pergunta que ecoa é: até quando os demitidos vão pagar os “inocentes úteis” para agredir o governo?
Porque há os que perderam o cargo e há os que se vendem por migalhas para sustentar narrativas de destruição. É a velha estratégia de atacar o que funciona, inventar o que não existe e plantar o caos para colher dividendos políticos. E tudo isso com o mesmo discurso de “defesa do povo”, justamente o povo que nunca viram de perto enquanto tinham cargo e carro oficial.
O mais triste é ver jovens e desempregados sendo usados como massa de manobra por esses “patrões das sombras”. São pagos para criar perfis falsos, espalhar mentiras, atacar gestores, desinformar e distorcer. É a terceirização da raiva — o ex-servidor financia, o inocente repete, e o público desatento acredita.
Enquanto isso, o governo segue tentando administrar os problemas reais, enfrentando ruídos artificiais produzidos por quem ainda não aceitou que o tempo da boquinha acabou.
O ataque disfarçado de “fiscalização cidadã” é, na verdade, o desespero de quem não suporta ver o novo dar certo. E a cada fake, a cada postagem venenosa, o que se revela é o luto mal resolvido de quem perdeu o poder e tenta destruí-lo por vingança.
Chegará o dia em que o debate público deixará de ser refém das mágoas pessoais e voltará a ser guiado por ideias. Mas, até lá, os “inocentes pagos” continuarão agredindo o governo em nome de quem os usa — e ri, de longe, com a conta bancária cheia e a consciência vazia.