Depois de demitidos, a conta só aumenta. Mas até quando?

A velha política da revanche continua ativa: quem perdeu o cargo não aceita a derrota e financia a discórdia.

Depois de demitidos, a conta só aumenta. Mas até quando?

Há um tipo de “militância” que não nasce da ideologia, mas da frustração. São vozes contratadas pela mágoa, movidas não pela convicção, mas pela folha de pagamento que já não existe. A cada governo, é o mesmo roteiro: quem perde o cargo ou o contrato se reinventa como “justiceiro das redes”, “influencer do ódio” ou “denunciante de ocasião”. Mas, no fundo, não há indignação cívica — há apenas o desejo de vingança contra quem lhes tirou o poder de mando.

E a pergunta que ecoa é: até quando os demitidos vão pagar os “inocentes úteis” para agredir o governo?

Porque há os que perderam o cargo e há os que se vendem por migalhas para sustentar narrativas de destruição. É a velha estratégia de atacar o que funciona, inventar o que não existe e plantar o caos para colher dividendos políticos. E tudo isso com o mesmo discurso de “defesa do povo”, justamente o povo que nunca viram de perto enquanto tinham cargo e carro oficial.

O mais triste é ver jovens e desempregados sendo usados como massa de manobra por esses “patrões das sombras”. São pagos para criar perfis falsos, espalhar mentiras, atacar gestores, desinformar e distorcer. É a terceirização da raiva — o ex-servidor financia, o inocente repete, e o público desatento acredita.

Enquanto isso, o governo segue tentando administrar os problemas reais, enfrentando ruídos artificiais produzidos por quem ainda não aceitou que o tempo da boquinha acabou.

O ataque disfarçado de “fiscalização cidadã” é, na verdade, o desespero de quem não suporta ver o novo dar certo. E a cada fake, a cada postagem venenosa, o que se revela é o luto mal resolvido de quem perdeu o poder e tenta destruí-lo por vingança.

Chegará o dia em que o debate público deixará de ser refém das mágoas pessoais e voltará a ser guiado por ideias. Mas, até lá, os “inocentes pagos” continuarão agredindo o governo em nome de quem os usa — e ri, de longe, com a conta bancária cheia e a consciência vazia.

Creditos: Professor Raul Rodrigues