Homens armados cobram de forma violenta devedores em Piaçabuçu

Em meio à instabilidade política, relatos apontam que homens armados estariam cobrando dívidas e intimidando moradores em Piaçabuçu.

Homens armados cobram de forma violenta devedores em Piaçabuçu

Nos últimos dias, Piaçabuçu tem sido palco de relatos alarmantes sobre a presença de homens armados que estariam realizando cobranças forçadas a moradores. As denúncias, feitas de forma anônima por medo de retaliação, revelam um cenário preocupante de insegurança e possível conivência de autoridades locais.

Segundo informações apuradas, os supostos cobradores circulam em veículos sem identificação e visitam pessoas que teriam pendências financeiras com empresários, políticos ou agiotas da região. O detalhe assustador é que as cobranças são acompanhadas de ameaças veladas e exibição de armas, criando um ambiente de terror psicológico que foge completamente do campo civilizado e legal.

Moradores afirmam que a polícia local ainda não foi acionada, e por isso tem sido omissa ou ineficaz na apuração dos casos. “A gente sabe quem são, mas ninguém tem coragem de denunciar com nome. Aqui, quem fala demais pode sumir”, relata um morador sob condição de anonimato.

Esse tipo de prática é mais do que um ato de covardia — é um sinal de descontrole institucional e de fragilidade do Estado em garantir segurança básica. Quando a cobrança de dívidas passa a ser feita na ponta de um revólver, a justiça é substituída pela intimidação, e o medo se instala como instrumento de poder.

Há quem veja nesse episódio uma amostra da degeneração moral de parte da política local, onde o poder se exerce não pela autoridade legítima, mas pela força. Piaçabuçu, que já vive um momento delicado com a instabilidade política e rumores de eleição complementar, agora enfrenta mais esse fantasma: o do poder paralelo armado.

Enquanto isso, a população espera uma resposta firme das autoridades estaduais e do Ministério Público. Porque, quando o medo vira rotina, a democracia se cala e o crime fala mais alto.

Creditos: Professor Raul Rodrigues