Criminosos se passam por promotores em fraude de alvarás

Criminosos se passam por promotores em fraude de alvarás

Golpe de Alvarás Falsos

Criminosos que se passavam por promotores de Justiça para simular a venda de falsos alvarás de soltura de detentos foram alvo de uma operação na manhã desta quarta-feira (08). Até o momento, 12 integrantes da quadrilha foram presos, todos no estado do Ceará.

Operação Falsa Toga

Os Ministérios Públicos de Minas Gerais (MPMG) e do Ceará (MPCE) deflagraram a "Operação Falsa Toga" com o objetivo de desarticular uma organização criminosa apontada por extorquir familiares de presos com a cobrança de falsas "fianças".

Modo de Ação

O grupo fazia ligações telefônicas para parentes de presos em Minas Gerais, se passando por membros do Ministério Público, cobrando dinheiro em troca de um suposto alvará de soltura. A liberação era prometida mediante pagamento imediato.

A análise de extratos bancários permitiu identificar os destinatários do dinheiro e revelou um fluxo constante de transferências entre contas de um grupo restrito de pessoas, numa tentativa de ocultar a origem dos valores. As investigações apontam que o grupo abriu e fechou diversas contas bancárias e linhas telefônicas em sequência, utilizando celulares que se comunicavam apenas entre si, com chips trocados frequentemente. Segundo o MPMG, a técnica indica uma atuação orquestrada e profissional.

Histórico de Fraudes

Parte dos investigados já possui um histórico de fraudes semelhantes, reforçando as suspeitas de envolvimento com o esquema.

Ações Policiais

Ao todo, 13 endereços foram alvos de mandados de busca e apreensão nos municípios cearenses de Maracanaú, Fortaleza, Barra do Ceará, Chorozinho, Cascavel, Pacatuba e Boa Viagem. Das 16 prisões preventivas decretadas, 12 já haviam sido cumpridas no início da manhã.

A operação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber), do MPMG, e conta com o apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil de Minas Gerais. No Ceará, a ação é conduzida em parceria com o MPCE e a Polícia Civil. As investigações seguem sob sigilo.