Acordo de paz entre Israel e Hamas é assinado
09/10/2025, 02:32:11Acordo de Paz Histórico
A primeira fase do tratado foi comunicada pelo presidente Donald Trump.
O acordo de paz de cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos foi assinado por Israel e o grupo Hamas nesta quarta-feira (8). A informação foi publicada pelo presidente Donald Trump em sua conta na rede Truth Social e confirmada por mediadores que participam das negociações no Egito. De acordo com o anúncio, trata-se da primeira fase de um plano de paz que prevê a libertação de todos os reféns israelenses mantidos pelo Hamas, estimados em cerca de 48 pessoas, sendo 20 presumidamente vivas. O texto inclui também a retirada das tropas israelenses de uma linha previamente acordada dentro da Faixa de Gaza e a troca de reféns por prisioneiros palestinos detidos em Israel. Trump afirmou que o cessar-fogo entrará em vigor assim que houver a confirmação final do Hamas e classificou o acordo como “forte, durável e eterno”. Ele declarou que todas as partes serão tratadas de forma justa durante o processo de implementação.
Detalhes das Negociações
As conversas entre Israel e Hamas ocorrem no Egito, mediadas por representantes dos Estados Unidos, do Qatar e do próprio governo egípcio. Nesta quarta, as negociações chegaram ao terceiro dia. O chefe da inteligência do Egito se reuniu com Khalil al-Hayya, representante do Hamas, para acertar os últimos detalhes do que mediadores chamam de “acordo histórico”. O plano de paz apresentado por Trump na última segunda-feira (6) é composto por 20 pontos e foi divulgado ao lado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. O documento prevê cessar-fogo imediato, criação de um governo temporário em Gaza administrado por tecnocratas palestinos sob supervisão internacional e reconstrução da região. A proposta inclui ainda exigências de desmilitarização da Faixa de Gaza e exclusão do Hamas do comando político local, pontos que o grupo contesta.
Reação do Hamas e Votação em Israel
Na sexta-feira (3), o Hamas aceitou o plano de forma condicional, concordando em libertar reféns vivos ou mortos, desde que haja garantias concretas de fim permanente da guerra, retirada total das forças israelenses e reconstrução supervisionada por um corpo palestino nacional. O grupo rejeita a exigência de desarmamento e perda de controle sobre o território. O governo de Israel deverá votar a aprovação do acordo nesta quinta-feira (9). Netanyahu afirmou que o objetivo é “trazer todos os reféns para casa”.
Repercussão Internacional
Entre as reações internacionais, o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e o papa Leão, em viagem pela Turquia e Líbano, expressaram apoio aos esforços de paz. A Organização das Nações Unidas alertou para a gravidade da crise humanitária em Gaza, destacando o aumento de casos de desnutrição e de bebês prematuros. Apesar do avanço nas negociações, permanecem indefinidos pontos centrais do acordo, como a administração política de Gaza após o cessar-fogo, o financiamento da reconstrução e a questão do desarmamento do Hamas. Mediadores afirmam que tentam evitar uma aplicação faseada do plano, para não repetir o fracasso de cessar-fogos anteriores, como o de janeiro deste ano.
Com a assinatura deste acordo, espera-se que a paz possa finalmente ser alcançada na região. Os cidadãos merecem viver sem o medo constante de conflitos e violência. Acompanhe nosso blog para mais atualizações sobre este tema tão importante.