STF define data para julgamento dos kids pretos

Julgamento marcado para novembro

O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para o dia 11 de novembro o início do julgamento da ação penal contra o núcleo 3, conhecido como "kids pretos". As datas foram definidas nesta segunda-feira (6) pelo ministro Flávio Dino, presidente da Primeira Turma do STF. Além do dia 11, as sessões também estão marcadas para os dias 12, 18 e 19 de novembro.

As audiências no STF ocorrerão pela manhã, das 9h às 12h. Nos dias 11 e 18, também estão previstas sessões à tarde, das 14h às 19h.

Quem são os réus?

O núcleo 3 é formado por oito militares do Exército e um policial federal, que são designados como "kids pretos" ou "forças especiais". Estes são militares em atividade ou da reserva, especializados em operações especiais.

Entre os integrantes do núcleo 3, estão:

• Coronel Bernardo Romão Correa Netto
• General Estevam Theophilo
• Coronel Fabrício Moreira de Bastos
• Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima
• Coronel Márcio Nunes de Resende Júnior
• Tenente coronel Rafael Martins de Oliveira
• Tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo
• Tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros
• Policial federal Wladimir Matos Soares

Esses réus respondem a diversas acusações, incluindo organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência, grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

O que acontece a seguir?

Em setembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a condenação dos réus, que são acusados de ter planejado "ações táticas" para implementar o plano golpista.

Até agora, apenas o núcleo 1, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus, foi condenado. O núcleo 2 também será julgado ainda este ano, mas a data ainda não foi definida. O núcleo 4 já têm seu julgamento agendado para o próximo dia 14 de outubro, enquanto o núcleo 5, que inclui o empresário Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo, ainda não tem data prevista para julgamento. Figueiredo reside nos Estados Unidos e não apresentou defesa no processo.