Startups Investem Pesado em Vibe Coding e Inovação

Startups Investem Pesado em Vibe Coding e Inovação

Startups Apostam em Vibe Coding

Startups estão se afastando da mera conversa sobre inteligência artificial (IA) e realmente investindo em ferramentas que facilitam a programação por meio de prometedores comandos. Esta constatação foi revelada em um estudo da Andreessen Horowitz (a16z) que analisou transações bancárias de mais de 200 mil clientes entre junho e agosto deste ano.

A pesquisa revelou que ferramentas como Replit, Cursor e Lovable estão em alta, com startups gastando consideráveis quantias em serviços que permitem a criação de software a partir de prompts, ao invés de exigir conhecimento em programação. O relatório, lançado na última quinta-feira, destaca a crescente popularidade do "vibe coding" no Vale do Silício.

Segundo os autores do relatório, a ascensão do vibe coding vai além de uma simples tendência entre consumidores. "Vibe coding é um fenômeno que já tomou conta dos ambientes de trabalho", afirmaram os analistas da a16z. A expectativa é que essa área continue a evoluir, com a possibilidade de surgirem plataformas especializadas para o desenvolvimento de diferentes tipos de aplicativos.

O relatório também destacou que a maioria das empresas na lista das 50 principais aplicações nativas de IA (cerca de 60%) oferece ferramentas horizontais, ou seja, aquelas acessíveis a qualquer membro da equipe, desde assistentes gerais a copilotos de reunião. Essa tendência é corroborada pelo uso crescente de aplicativos como Canva e ElevenLabs, que antes eram restritos a equipes de marketing e design, mas agora estão sendo utilizados por profissionais de diversas áreas.

O termo "vibe coding", popularizado pelo cofundador da OpenAI, Andrej Karpathy, em fevereiro, refere-se a uma nova forma de programar que enfatiza a intuição e a capacidade criativa em vez da codificação tradicional. As empresas têm procurado candidatos que possuam experiências nessa nova abordagem, com gigantes como Visa, Reddit e DoorDash publicando vagas de emprego que solicitam familiaridade com ferramentas de codificação baseadas em IA.

Apesar da crescente aceitação do vibe coding, especialistas advertem sobre os limites dessa tecnologia. Embora prometa ganhos significativos de produtividade, muitos executivos apontam que a IA ainda é suscetível a erros e pode gerar códigos desnecessariamente longos ou com arquitetura inadequada. "Ainda não estamos prontos para confiar nossa tecnologia central a ela", afirmou Rowan Trollope, CEO da Redis, em uma entrevista recente.

À medida que essa nova abordagem de codificação ganha destaque, o futuro das ferramentas de vibe coding deve ser acompanhado de perto por empresas e investidores, cada vez mais atentos às possibilidades que a inteligência artificial e a inovação tecnológica podem oferecer.