Morte por metanol em SP gera prisão de 41 suspeitos

Morte por metanol em SP gera prisão de 41 suspeitos

SP confirma novos casos de morte por metanol

Por meio da Secretaria Estadual de Saúde, São Paulo confirmou, neste sábado (4), a segunda morte por intoxicação por metanol. A vítima é um homem de 46 anos, morador da capital paulista, que foi internado depois de consumir bebida alcoólica e passar mal. A Polícia Civil de São Paulo, que segue com uma série de ações de fiscalização e prisões de suspeitos por adulteração de bebidas, em parceria com a Vigilância Sanitária e Procon-SP, agora vai apurar se a bebida era falsa, se ela foi adulterada ou se o metanol foi usado na limpeza da garrafa, uma das linhas de investigação. Adulteração de bebidas alcoólicas é crime previsto no Código Penal.

Investigação de outras mortes

De acordo com balanço atualizado do governo de São Paulo, outras sete mortes com suspeita de intoxicação de metanol estão sendo investigadas no estado — quatro na cidade de São Paulo, duas em São Bernardo do Campo e uma em Cajuru. Ao todo, são 162 notificações, sendo 14 casos confirmados, incluindo os dois óbitos; a primeira morte confirmada foi a de um homem de 54 anos, também morador da capital, em 16 de setembro.

Fiscalizações e prisões

O balanço do governo do Estado divulgado neste sábado revela também que a Polícia Civil soma 41 prisões efetuadas durante operações de fiscalização de estabelecimentos suspeitos de fraudar bebidas alcoólicas. As prisões se deram na capital paulista, Diadema, Santo André, Jacareí e Jundiaí. Além delas, foram apreendidos milhares de materiais, como garrafas, rótulos de marcas e outros, e 11 estabelecimentos foram interditados.

Orientações aos consumidores

A Secretaria de Saúde reforça a recomendação à população de se evitar o consumo de bebida destilada que não saiba a procedência. Além disso, o paciente com quadro incomum após ingestão de bebida alcoólica deve procurar atendimento médico imediato, realizar exames laboratoriais e avaliação oftalmológica. Os sintomas de alerta são dores abdominais intensas, tontura e confusão mental. O socorro em até 6 horas após o início dos sintomas é fundamental para evitar o agravamento dos sintomas; o tratamento é feito com dois antídotos: ácido etílico intravenoso e o medicamento fomedizol. O Ministério da Saúde anunciou neste sábado a compra emergencial de 2,5 mil tratamentos do antídoto fomepizol, que será enviado do Japão.