Polícia prende suspeitos de assassinato de advogado em SP

Polícia prende suspeitos de assassinato de advogado em SP

criminalista Luiz Fernando Pacheco foi encontrado inconsciente em uma rua do bairro de Higienópolis


Três pessoas - dois homens e uma mulher - foram presos, na tarde desta sexta-feira (3), suspeitos de matar o advogado criminalista Luiz Fernando Pacheco durante um assalto em Higienópolis, centro de São Paulo. Em nota encaminhada ao Portal iG, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP) confirmou que o 4º Distrito Policial (Consolação) prendeu temporariamente três investigados por envolvimento na morte do advogado e que as diligências continuam em andamento, inclusive com a análise de imagens para o total esclarecimento dos fatos. Mais cedo, também por meio de nota, a SSP já havia informado ao iG que as investigações apontavam para o possível caso de latrocínio, que é roubo seguido de morte. De acordo com as investigações, Pacheco foi abordado e agredido na madrugada de quarta-feira (1º). Registros obtidos pelos investigadores mostram o advogado deixando um bar e aguardando a chegada de um carro de aplicativo, pouco antes do ataque. Pouco depois, imagens de câmeras de segurança da rua onde ocorreu o fato registraram o momento em que o advogado é abordado por um casal, leva um soco na cabeça e cai no chão. A suspeita é de que ele tenha batido a cabeça com força e, por isso, ficou desacordado na rua. Os assaltantes fugiram levando o celular, o relógio e a carteira com os documentos pessoais da vítima. Pacheco foi socorrido por uma pessoa que passava na área e acionou a Polícia Militar e o atendimento médico. Segundo o boletim de ocorrência, essa testemunha contou aos policiais que ele parecia estar com falta de ar e sofrendo uma convulsão. O advogado foi encaminhado ainda vivo para a Santa Casa de São Paulo, no Centro, onde morreu. Por estar sem documentos pessoais, sua identificação demorou cerca de 36 horas.
Intoxicação por metanol descartada
A polícia vai ouvir outras testemunhas para reconstituir todos os passos de Luiz Fernando Pacheco na noite do seu desaparecimento. Neste momento, por conta das imagens que mostraram a abordagem e a queda, por ora, a morte suspeita de intoxicação por metanol foi descartada pelos policiais. Houve essa suspeita, porque ele chegou a mandar uma mensagem para amigos em um grupo dizendo que havia tomado metanol. Depois disso, ele parou de responder mensagens. Os amigos ficaram preocupados e começaram a tentativa de localizá-lo, o que ocorreu muitas horas depois. Pacheco era sócio-fundador do Grupo Prerrogativas e conselheiro da OAB-SP. Atuou em casos de grande repercussão, incluindo a defesa de José Genoino no processo do Mensalão (Ação Penal 470).