Projeções para 2026: entre elucubrações e cenários possíveis

Trata-se de uma projeção possível, mas norteada por muitas composições do que podem vir a ser as eleições de 2026 no Brasil e em Alagoas, seguindo a lógica linear de uma parte da classe política.

No plano nacional, cogita-se Lula em reeleição com Renan Filho como vice. É plausível e coerente com o atual momento. Para tanto, Geraldo Alckmin funcionaria como a “isca” para manter Tarcísio de Freitas em São Paulo, preparando o terreno para uma derrota anunciada, quase uma crônica de morte política programada. Nesse cenário, Lula e Renan Filho consolidariam a máxima das eleições previamente articuladas.

Em Alagoas, a disputa para o Senado seria composta por Renan Calheiros e JHC. Não importa quem obtenha mais votos: os dois seriam eleitos, e ponto. Esse arranjo empurraria Arthur Lira de volta à candidatura de deputado federal, repetindo o que já ocorreu com Marx Beltrão quando tentou o Senado. Nesse caso, o projeto de Lira para o filho iria por água abaixo — restando-lhe, no máximo, a vaga de deputado estadual. Voto virtual, mas válido como exercício.

Já a escolha do candidato a governador ficaria nas mãos de Marcelo Victor. Luciano Barbosa surgiria como nome consensual junto aos Calheiros, ou, em alternativa, Bruno Toledo seria o escolhido por decisão monocrática do próprio MV, o primeiro e único. Quanto ao adversário nessa disputa, quem entrar fará o papel de “boi de piranha”.

Com a volta das 27 vagas para deputado estadual e 9 para federal, pelo menos cinco novos nomes deverão assumir assentos na ALE, todos devidamente apadrinhados por Marcelo Victor.

É uma elucubração? Sem dúvida. Mas também um dos sonhos bem alimentados pelo grupo governista.

Obs.: Lula já “deselegeu” – permita-se o neologismo, com Tarsso Jereissati, Mão Santa, Artur Vírgilio e Heloísa Helena.