Investigação do PCC sobre bebidas adulteradas em SP
30/09/2025, 23:30:23Investigação sobre bebidas adulteradas em São Paulo
A Polícia Federal (PF) iniciou uma investigação para apurar o suposto envolvimento do crime organizado na adulteração de bebidas alcoólicas com metanol. Este tipo de contaminação resultou em dez casos de intoxicação, sendo que três deles culminaram em mortes. A situação levantou preocupações, especialmente após a Associação Brasileira de Combate à Falsificação indicar uma possível ligação com o PCC.
Aumento de casos de intoxicação
O aumento das notificações de intoxicação é alarmante. Até o momento, as investigações apontam para uma troca na manipulação e utilização de metanol, um produto que já era restrito em combustíveis. A operação da PF, que recentemente lacrou postos de combustível que estavam vendendo combustível adulterado, sugere que a facção criminosa poderia estar aproveitando esse produto para a produção de bebidas.
Conexões entre investigações
Andrei Rodrigues, diretor geral da PF, mencionou que o inquérito atual se baseia em investigações anteriores feitas no Paraná. Essas investigações revelaram um esquema de importação de metanol, o que chamou a atenção das autoridades. No entanto, o secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, minimizou a possibilidade de ligação com crime organizado, afirmando que mesmo o crime possui limites éticos em suas operações, principalmente quando se trata de preservar a vida de seus consumidores.
Os perigos do metanol
As implicações do consumo de metanol são severas. Uma das trágicas vítimas dessa substância foi um advogado de 45 anos que, após ingerir bebida contaminada, teve uma parada cardiorrespiratória. O metanol é uma substância proibida para consumo humano, e mesmo em pequenas quantidades, pode causar danos irreversíveis, como a perda da visão e até mesmo a morte.
Consumo de álcool no Brasil
Os brasileiros consomem, em média, 13 litros de álcool por ano, e a diferença de escala entre o consumo de álcool e o que poderia ser desviado para o mercado de bebidas pesadas levanta questionamentos sobre a viabilidade dessa adulteração. A PF está no caminho certo ao investigar, mas associar diretamente esses casos ao crime organizado pode ser um exagero.
*Este texto não reflete necessariamente a opinião do Portal iG