Interdição de Bares em SP Após Intoxicação por Metanol

Interdição de Bares em SP Após Intoxicação por Metanol

Interdição de Bares em SP Após Intoxicação por Metanol

Três estabelecimentos em São Paulo tiveram suas atividades suspensas pela Vigilância Sanitária.

Dois bares da capital paulista, situados nos bairros dos Jardins e da Mooca, além de um em São Bernardo do Campo, foram interditados nesta terça-feira (30) após relatos de intoxicação por metanol em bebidas adulteradas. A ação de fechamento dos estabelecimentos foi conduzida pela Vigilância Sanitária do Estado e do município de São Paulo, em colaboração com a Polícia Civil.

Na segunda-feira (29), a Prefeitura de São Paulo já havia realizado fiscalizações nos bares dos Jardins e da Mooca, levando à apreensão de mais de cem garrafas destiladas que estavam sem rótulo e sem comprovação de origem. Os estabelecimentos foram autuados pelas irregularidades encontradas.

Em São Bernardo, as garrafas recolhidas foram enviadas para perícia. O governo estadual informou ainda sobre a criação de um gabinete de crise com o intuito de monitorar esses casos.

Fiscalizações Ampliadas

Na zona Sul da capital, um minimercado localizado no Planalto Paulista teve mais de 40 garrafas de whisky, gin e vodca apreendidas, e seu responsável foi detido pela polícia. Na região de M’Boi Mirim, uma distribuidora foi parcialmente interditada, ficando proibida de vender bebidas alcoólicas até que apresente as notas fiscais correspondentes. Em Mogi das Cruzes, 80 garrafas com sinais de adulteração foram apreendidas em uma adega que é objeto de investigação. Em Americana, uma ação realizada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais resultou na detenção de duas pessoas e na apreensão de mais de 17.700 garrafas de bebidas. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, entre os dias 22 e 26 de setembro, foram feitas 43 inspeções em comércios de bebidas, que resultaram em duas autuações, interdições, e o recolhimento de produtos para perícia.

Orientações Médicas

O secretário de Saúde do Estado, Eleuses Paiva, informou que as unidades de saúde estão preparadas para atender os casos de intoxicação por metanol. "O tratamento depende do estado em que a pessoa vai chegar. Se for no início, o antídoto resolve plenamente. Dependendo, pode ser necessária a hidratação e o uso de medicamentos para acidose metabólica. O importante é notificar e tratar adequadamente o mais precoce possível", afirmou Paiva. Os sintomas mais comuns incluem dores abdominais, tontura, confusão mental, náuseas, vômitos, visão turva e convulsões. A orientação da secretaria é que qualquer pessoa que apresente um quadro incomum após o consumo de bebida alcoólica procure atendimento médico imediato, com a realização de exames laboratoriais e a avaliação oftalmológica. O socorro em até seis horas após o início dos sintomas é considerado essencial.

Casos Confirmados

O governo de São Paulo informou nesta terça-feira (30) que cinco pessoas morreram após serem confirmados sete casos de intoxicação por metanol no estado. Uma das mortes foi provocada pelo consumo de bebida alcoólica adulterada, enquanto as outras quatro seguem em investigação. As autoridades estão apurando se os casos estão relacionados ao consumo de bebidas em ambientes sociais ou à ingestão de álcool adquirido em postos de combustíveis por pessoas em situação de extrema vulnerabilidade. Além dos sete casos confirmados, outros 15 estão sendo analisados pela Secretaria Estadual de Saúde.