Marinho defende mobilização popular contra a escala 6 por 1
25/09/2025, 16:31:52A importância da mobilização
Organizações e movimentos sociais realizaram atos contra o projeto de anistia aos golpistas de 8/1 e a PEC da blindagem, que buscava dar ao congresso a prerrogativa de autorizar a abertura de processos contra parlamentares.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, voltou a defender, nesta quinta-feira (25), o fim da escala 6 por 1, durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pelo Canal Gov. Na ocasião, Marinho destacou que a pressão do povo, por meio de manifestações, é fundamental para garantir os direitos trabalhistas.
Mobilizações passadas como exemplo
O ministro se referiu ao arquivamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que foi possível graças à mobilização popular. Para Marinho, este tipo de ação é crucial para acabar com o que ele considera "a mais cruel das escalas" de trabalho, onde o trabalhador tem direito a apenas um dia de descanso por semana. Segundo ele, diversos países implementaram jornadas de trabalho menores, demonstrando que é possível uma mudança.
O papel do eleitor
Marinho orientou os eleitores a acompanharem o posicionamento dos parlamentares no Congresso Nacional sobre a questão da jornada de trabalho. Ele afirmou que é importante saber “quem merece ter seu mandato renovado e quem merece ser substituído” nas próximas eleições.
A cruel realidade da escala 6 por 1
“A escala 6 por 1 é, de fato, a mais cruel que existe, especialmente para as mulheres. Então o momento é de renovar”, ressaltou o ministro. Ele também relembrou que vários países já aboliram esse tipo de jornada. A expectativa do governo é que a jornada máxima de trabalho no Brasil, atualmente de 44 horas semanais, seja reduzida para 40 horas semanais sem repercussões econômicas negativas.
Protestos como ferramenta de mudança
Luiz Marinho expressou seu desejo de que mobilizações e manifestações, como as que foram realizadas contra a anistia e a blindagem de parlamentares, continuem a ocorrer. Ele observou que "é importante manter a mobilização porque, se deixar o parlamento brasileiro livre, leve e solto, só vem prejuízo para a classe trabalhadora".
“Se amenizar, esse perfil do Congresso que temos não atenderá a essa reivindicação. No que depender do governo, [os trabalhadores] terão nosso apoio para acabar com a jornada 6 por 1”, completou.