Nações anunciam metas climáticas antes da COP30
24/09/2025, 19:36:27Introdução
Faltando apenas algumas semanas para a conferência do clima da ONU em Belém, nações se mobilizam em resposta às crescentes ameaças climáticas. A pressão está alta para que os países apresentem suas novas metas climáticas à medida que a COP30 se aproxima.
Contexto Atual
A alta das temperaturas tem gerado fenômenos climáticos extremos ao redor do planeta, impactando especialmente as nações menos desenvolvidas. "A situação não poderia ser mais grave", destacou um alto funcionário da ONU antes da Cúpula do Clima que ocorreu em Nova York. Os desastres climáticos, como inundações e secas prolongadas, estão causando devastação em diversos continentes.
Compromissos Globais
Os líderes mundiais têm concordado em limitar o aumento da temperatura média global a menos de 2 °C, com esforços para restringi-la a 1,5 °C. Este compromisso foi formalizado no Acordo de Paris de 2015, que exige que os países renovem suas contribuições nacionais (NDC) a cada cinco anos. Apesar da pressão, muitos países não cumpriram os prazos estabelecidos.
Grandes Emissores
A menos de dois meses da COP30 em Belém, até agora, 50 países apresentaram suas metas climáticas, totalizando apenas 24% das emissões globais. Países importantes como China, União Europeia e Índia ainda não anunciaram suas metas. Nações como Austrália e Japão enfrentaram críticas por não demonstrar ambições mais fortes em suas propostas.
Expectativas para a Cúpula
Mais de 100 nações se inscreveram para participar da Cúpula Climática da ONU. A pergunta que todos se fazem é: o que os países estão prometendo? Essa cúpula se apresenta como uma oportunidade crucial para que diversas nações se comprometam e demonstrem suas intenções em relação ao aquecimento global.
União Europeia
A União Europeia, um dos blocos mais afetados pela guerra na Ucrânia e por uma mudança política interna, indicou que não conseguirá cumprir o prazo para apresentar sua NDC antes do fim de setembro. Um documento de intenções foi emitido, sinalizando um compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em até 72,5% até 2035 em comparação com os níveis de 1990.
China
Como maior emissor mundial, a China está sob pressão para apresentar uma meta doméstica robusta. Apesar disso, alguns especialistas duvidam que a China se comprometa com uma redução significativa. No entanto, a boa notícia é que a China pode ter atingido seu pico de emissões, o que poderia permitir um futuro de redução.
Brasil
O Brasil, como anfitrião da COP30, tem enfrentado questionamentos sobre suas metas de redução de emissões. Embora tenha prometido reduzir suas emissões entre 59% e 67% até 2035, suas intenções foram recepcionadas com ceticismo. Contudo, uma nova estratégia nacional pretende especificar cortes em setores críticos, como agricultura e desmatamento, que são responsáveis por grande parte das emissões brasileiras.
Reino Unido
Como um dos pioneiros da Revolução Industrial, o Reino Unido possui uma responsabilidade significativa na redução das emissões. O governo britânico já estabeleceu uma meta de redução de 81% até 2030, mas ainda precisa superar lacunas entre suas promessas e a implementação real. A questão do financiamento climático para países em desenvolvimento também é uma preocupação recorrente.
Indonésia e EUA
A Indonésia, com uma dependência substancial de combustíveis fósseis, promete eliminar gradualmente a energia fóssil em 15 anos, enquanto os Estados Unidos enfrentam um contexto político complexo que afetou suas metas climáticas. Em meio a mudanças políticas, a projeção de emissões ainda indica uma redução, mas ainda há um longo caminho a percorrer.
Conclusão
Com a COP30 se aproximando, é crucial que as nações se comprometam a apresentar metas ambiciosas e reais para enfrentar a crise climática. O futuro do planeta depende de ações concretas e efetivas. Fique atento às atualizações sobre a conferência e como as nações irão reagir a essa chamada para ação de compromisso climático.