Demissão de Sabino marca mudança no governo Lula

Demissão de Sabino marca mudança no governo Lula

Demissão de Celso Sabino

O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), decidiu deixar o comando da pasta na próxima semana, após o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). A informação foi confirmada pela Agência Brasil.

O presidente fará o discurso na abertura da Assembleia-Geral da ONU e deverá ficar mais alguns dias em Nova York para eventos sobre o clima e diplomacia. Ele vai no domingo e deve voltar na quarta à noite.

Sabino alegou que precisa cumprir agendas importantes no final de semana e, por isso, pede demissão na semana que vem. A decisão do ministro do Turismo de deixar o governo foi anunciada nesta sexta-feira (19) após reunião com Lula, no Palácio da Alvorada, para tratar do assunto.

Pressão do União Brasil

A saída de Sabino ocorre após ultimato da direção do União Brasil, que determinou que todos os seus filiados deixassem suas funções na administração federal.

Sabino esteve à frente do Ministério do Turismo por dois anos e ajudou a conduzir grandes projetos do governo, como a COP30, que será realizada em Belém, em novembro.

O governo ainda não anunciou quem assumirá a pasta após a saída do ministro.

Consequências e investigações

Sabino deixa o governo sob ordem do presidente do União Brasil, Antônio Rueda, que deu prazo de 24 horas para que todos os filiados entregassem seus cargos. O partido ameaçou punir quem descumprisse a determinação, com possibilidade de cancelamento do registro da legenda. A medida também afeta filiados que ocupam cargos no segundo escalão e em estatais. Com isso, o União antecipa o movimento de desembarque do governo Lula, que estava previsto para ocorrer até o fim do mês, em conjunto com o Progressistas (PP).

O ultimato do União Brasil ocorreu em meio ao desgaste provocado pelas investigações da Polícia Federal (PF), que citaram o nome de Antônio Rueda. No caso, a PF apura um suposto esquema de fraudes e desvios no setor de combustíveis, que teria a participação do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Vale ressaltar, no entanto, que o nome do presidente foi apenas citado pela PF - ou seja, ele não consta oficialmente como um investigado. Em resposta, o dirigente negou envolvimento e disse ser alvo de perseguição política.

"Estou sendo alvo de ilações irresponsáveis e sem fundamento. Não há qualquer lastro fático. O que há, sim, é um pano de fundo político nestas leviandades, que estão sendo orquestradas usando-se uma operação policial séria para atacar adversários", afirmou Rueda nas redes sociais.

Reflexão Final

A demissão de Sabino e a pressão exercida pelo União Brasil refletem a fragilidade política enfrentada pelo governo Lula. À medida que novos desafios surgem, a administração terá que se adaptar e encontrar novas lideranças que consigam manter a coerência nas políticas públicas do país.

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