Erro no IML complica enterro de alagoana após acidente

Erro no IML complica enterro de alagoana após acidente

Troca de corpos causa confusão em enterro no RJ

A história de Andréa Catharina Freitas Andrade, de 49 anos, vítima de um grave acidente de trânsito no Rio de Janeiro, chocou muitos. Após o acidente, sua família enfrentou um drama inesperado ao receber o corpo errado para o sepultamento, o que gerou um entrave burocrático e emocional.

De acordo com os relatos, um erro teria ocorrido no Instituto Médico Legal (IML) de Angra dos Reis, onde o corpo de Andréa, que estava aguardando liberação, acabou trocado pelo de outra vítima do acidente. Enquanto isso, o corpo que chegou a Maceió não pertencia a ela, criando um cenário angustiante para os familiares, que faziam planos para o sepultamento na capital alagoana.

A tragédia e a busca pela verdade

Andréa, que havia retornado para o Rio de Janeiro após um período em Alagoas, estava viajando com seu marido quando ocorreu a colisão frontal com outro veículo. Ambos perderam a vida na hora. O outro motorista também não sobreviveu. Assim que a notícia da morte chegou à sua família, todos já se preparavam para dar o último adeus. Porém, a confusão começou quando o corpo destinado ao enterro não correspondia ao de Andréa.

Os responsáveis pela entrega do corpo em Maceió não permitiram que o irmão de Andréa, que foi até o Rio para resolver questões do traslado, tivesse acesso ao corpo antes da identificação. Este procedimento foi feito através de impressões digitais, o que confiou uma tranquilidade momentânea à família. Entretanto, no momento de vestir o corpo para o funeral, a verdade ficaria escandalosa: o corpo não era de Andréa. Em uma declaração posterior, o irmão de Andréa, Alexandre Bosco, comentou: "Elas até têm alguns traços parecidos, mas de cara nós já identificamos que não se tratava da minha irmã".

Desdobramentos da situação

Após a constatação do erro, a família de Andréa procurou a Polícia Civil de Alagoas e registrou um Boletim de Ocorrência. As autoridades foram acionadas e um documento foi emitido para comunicar o IML de Angra dos Reis sobre a troca. No entanto, a situação se complica na hora de exumar o corpo que já havia sido enterrado. Para isso, uma autorização judicial é necessária, e o trâmite com a Justiça tem sido longo e, na visão deles, desgastante.

O caso destaca a importância de um processo rigoroso de identificação de corpos, especialmente em situações em que várias vítimas estão envolvidas em um acidente trágico. "Nós registramos também um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil do Rio de Janeiro e demos entrada na Justiça carioca com o pedido de exumação, mas o trâmite é complicado e ainda está se arrastando. O pedido já foi recebido por eles [Justiça do RJ], mas o processo está muito lento", lamentou Alexandre, refletindo a dor e a frustração da família durante este processo angustiante.

Considerações finais

Este caso ilustra a fragilidade e a complexidade das situações que envolvem tragédias familiares, especialmente quando erros administrativos podem levar a consequências devastadoras. É um apelo para que os procedimentos de identificação se tornem mais rigorosos e que a dor da família seja minimizada na hora de se despedir de um ente querido.

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