Israel ataca Hodeida e amplia conflito no Oriente Médio
17/09/2025, 08:30:44Contexto da ofensiva israelense
O Exército de Israel bombardearou uma posição ligada aos Houthis no porto de Hodeida, no Iêmen, em resposta a ataques com drones e mísseis do grupo. A ofensiva faz parte de uma série de ações em várias frentes, incluindo Gaza e o sul do Líbano, ampliando a escalada no Oriente Médio.
Objetivos da operação
Em nota oficial divulgada após o ataque, o Exército afirmou que a operação buscava interromper o trânsito de armamentos iranianos usados contra Israel. O porto de Hodeida funciona como ponto de trânsito para esses armamentos, especialmente considerando que muitos dos portos do país e suas estradas estão em condições precárias para o abastecimento humano.
Reação dos Houthis
Meios de comunicação controlados pelos Houthis confirmaram o ataque. A emissora al-Masirah noticiou uma série de incursões de aeronaves inimigas sobre o porto, constatando ao menos doze ataques que atingiram o cais. Yahya Saree, porta-voz militar dos Houthis, afirmou que as defesas aéreas do grupo “causaram confusão significativa entre as aeronaves inimigas”, forçando algumas formações a deixar o espaço aéreo antes de prosseguir com a agressão. Segundo ele, houve um aviso prévio de retirada para civis.
Aviso aos civis
O porta-voz Avichay Adraee, responsável pela comunicação em árabe, advertiu que quem permanecesse na área estaria colocando a vida em perigo, pedindo que civis retirassem suas embarcações do local.
Consequências do ataque
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, revelou que a Força Aérea bombardeou o porto para manter o cerco naval e aéreo contra os Houthis, adiantando que os insurgentes continuarão a sofrer consequências dolorosas por qualquer tentativa de atacar Israel. O Exército informou ter realizado ações contra três inimigos do Eixo da Resistência nas últimas vinte e quatro horas, incluindo uma operação terrestre contra o Hamas na Cidade de Gaza e a eliminação de um alvo do Hezbollah no sul do Líbano, segundo os militares.
O papel dos Houthis no conflito
Os Houthis, grupo apoiado pelo Irã, controlam grande parte do Iêmen, incluindo Sanaa, desde 2014. Eles vêm atacando Israel com mísseis e drones em solidariedade ao Hamas desde o ataque que o Hamas conduziu contra Israel em outubro de 2023. Além disso, têm como alvo navios no Mar Vermelho, uma rota comercial vital que leva ao Canal de Suez, em uma tentativa de pressionar Israel e seus aliados durante a campanha em Gaza.
Resposta internacional
Os Estados Unidos já realizaram diversos ataques contra alvos houthis em resposta. Israel ampliou seus ataques aos Houthis nos últimos meses, tendo assassinado o primeiro-ministro do grupo e alguns de seus ministros em bombardeios no mês passado. Na semana passada, Israel também atacou a capital Sanaa, mirando um prédio que abrigava a divisão de mídia dos Houthis. Esse ataque em Sanaa e em outros alvos na província de al-Jawf resultou na morte de pelo menos quarenta e seis indivíduos, segundo o grupo.
A escalada do conflito
A continuidade dessa série de ataques sugere uma escalada regional com riscos de envolvimento de outras potências regionais e ocidentais. Isso pode potencialmente provocar impactos humanitários adicionais na população iemenita e na navegação no Mar Vermelho.
Conclusão
O cenário no Oriente Médio continua a ser instável, com novas ofensivas e reações que afetam tanto os combatentes quanto a população civil. Para manter-se atualizado sobre os desdobramentos dessa situação complexa, não deixe de acompanhar nossas postagens.