Gleisi afirma que ameaças de Trump revelam traição de Bolsonaro

A posição de Gleisi Hoffmann sobre as ameaças do governo Trump

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, expressou críticas contundentes nesta terça-feira, 16, em relação às recentes ameaças do governo de Donald Trump ao Brasil. Ela argumentou que essas ameaças "apenas confirmam a traição de Jair Bolsonaro". Em sua publicação no X (anteriormente conhecido como Twitter), Gleisi destacou que o ex-presidente "incita uma potência estrangeira a atacar e punir os responsáveis pela Justiça em nosso País".

A ministra mencionou diretamente o secretário de Estado, Marco Rubio, e a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. Gleisi afirmou que ambos estão mentindo sobre o julgamento do ex-presidente nas instâncias do Supremo Tribunal Federal (STF). "O secretário de estado Marco Rubio e a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, sabem muito bem que estão mentindo sobre o julgamento de Bolsonaro e seus cúmplices pelo STF. Eles foram condenados no devido processo legal por tentativa de golpe. Ao contrário do que difundem, o processo preservou o Estado de Direito democrático no Brasil", ressaltou a ministra.

Em suas declarações, Gleisi também enfatizou que "ilegal, autoritário e abusivo é atentar contra a soberania de outro país, como vem fazendo o governo Trump para livrar Bolsonaro das penas a que foi condenado". Essa posição é parte da defesa do Estado de Direito e da justiça brasileira, que, segundo Gleisi, não deve ser atacada por interesses externos.

A resposta de Marco Rubio

O secretário de Estado Marco Rubio, por sua vez, comentou em entrevista à Fox News na segunda-feira, 15, que os Estados Unidos planejam anunciar em breve medidas para responder à condenação de Bolsonaro. Ele afirmou que os ministros do STF foram "juízes ativistas" e reforçou a ideia de que há uma perseguição contra o ex-presidente.

"Portanto, haverá uma resposta dos EUA a isso, e teremos alguns anúncios na próxima semana sobre quais medidas adicionais pretendemos tomar", declarou Rubio, reforçando ainda mais a tensão entre os dois países no que diz respeito à política interna do Brasil.