Romênia mobiliza caças após drone russo invadir espaço aéreo

Romênia mobiliza caças após drone russo invadir espaço aéreo

Romênia aciona caças após drone russo invadir seu espaço aéreo


A Romênia mobilizou caças de combate neste sábado (13) após detectar a entrada de um drone em seu espaço aéreo durante um ataque russo contra a Ucrânia, informou o Ministério da Defesa Nacional. O episódio aumentou a tensão entre os vizinhos do Leste Europeu, que já haviam registrado violações semelhantes na Polônia nesta semana. Os militares poloneses abateram cerca de 10 drones russos na terça (09), com apoio de aeronaves da OTAN.

Segundo as autoridades romenas, dois caças F-16 e dois Eurofighters foram acionados. O drone foi rastreado até desaparecer dos radares próximo à vila de Chilia Veche, na fronteira com a Ucrânia.

Possível Ameaça


O ministro da Defesa, Ionut Mosteanu, afirmou que os pilotos chegaram a considerar derrubar o artefato, mas ele deixou o espaço aéreo romeno antes da decisão. Helicópteros também foram enviados para inspecionar a região e procurar possíveis destroços. A movimentação ocorreu no mesmo dia em que a Polônia fechou o aeroporto da cidade de Lublin e mobilizou aeronaves diante da ameaça de novos ataques com drones, segundo a agência de notícias Al Jazeera.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que dados de monitoramento mostraram o drone operando por cerca de 50 minutos em território da OTAN e que Moscou sabe exatamente o destino de seus equipamentos. "É uma expansão óbvia da guerra pela Rússia", declarou, pedindo mais sanções e medidas de defesa coletiva. A violação também foi condenada pela Suécia, cujo governo classificou a incursão como "inaceitável" e reafirmou solidariedade à Romênia.

Aumento de Tensões no Leste Europeu


Enquanto Moscou nega ter como alvo a Polônia ou outros países vizinhos, Estados Unidos e aliados discutem as implicações da escalada. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, disse que a invasão aérea é "inaceitável e perigosa", mas ponderou que ainda é cedo para afirmar se houve intenção deliberada de atingir o território polonês. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, refutou essa possibilidade: "Gostaríamos que tivesse sido um erro. Mas não foi. E nós sabemos disso", afirmou.

Em meio ao aumento das tensões, a OTAN anunciou na sexta-feira (12) que reforçará a defesa de sua fronteira leste, com França, Alemanha e Suécia intensificando apoio à proteção do espaço aéreo da Polônia. O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a declarar que está disposto a impor sanções mais duras à Rússia, mas condicionou a medida à adesão de todos os membros da aliança e à interrupção da compra de petróleo russo por países europeus.