Temer critica Tarcísio por ataque a Moraes

Temer critica Tarcísio por ataque a Moraes

Contexto da Declaração de Temer

O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta quinta-feira (11) que o voto do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux no julgamento da trama golpista "foi importantíssimo" para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Luiz Fux votou nesta quarta-feira (10) para absolver Bolsonaro de todos os crimes de que foi acusado. Além de ter sido o primeiro voto divergente até o momento no julgamento, Fux travou um embate com os métodos de Alexandre de Moraes, relator do processo.

A Importância do Voto de Fux

"Até o presente momento, ele [Fux] está absolvendo a todos, de modo que para o ex-presidente Bolsonaro este voto é fundamental, é importantíssimo", afirmou Temer em Salvador, onde participou do 3º Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade.

Ele ressaltou que tanto Moraes quanto Fux tiveram posições processuais respeitáveis durante o julgamento e que a divergência entre ambos é uma ocorrência natural. Além disso, Temer também mencionou a "qualidade pacificadora" de ambos os ministros.

Resultado do Julgamento e a Posição de Tarcísio

O resultado parcial do julgamento está em 2 votos a 1 pela condenação de Bolsonaro. Faltam os votos dos ministros Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Caso um deles vote contra o ex-presidente, estará formada a maioria pela condenação.

Durante sua fala, o ex-presidente também criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmando que ele "não foi feliz" ao atacar Moraes durante as manifestações bolsonaristas na Avenida Paulista no último domingo (7). Nesse evento, Tarcísio chamou o ministro de ditador e tirano.

"[Tarcísio] não foi feliz com aquelas palavras, mas eu compreendo bem. Lá, era o calor daquele comício, daquela movimentação, e mais ainda talvez a tentativa de mostrar que ele não era desleal ao ex-presidente Bolsonaro. Afinal, ele precisa do voto daquele que são bolsonaristas", afirmou Temer.

Sobre o Projeto de Anistia

Questionado sobre o projeto de lei que anistia os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, Michel Temer declarou que a proposta, sem dúvida, será objeto de questionamentos sobre sua constitucionalidade. Ele defendeu que o próprio STF busque uma solução de pacificação.

"Todos sabem que a punição deve existir, afinal houve depredação de prédios públicos. Mas o melhor seria que o Supremo resolvesse usando instrumentos jurídicos que existem no sistema", concluiu o ex-presidente, mencionando a possibilidade de redução de penas.