Manifestantes chamam Trump de Hitler em jantar polêmico
10/09/2025, 15:36:40Manifestantes chamam Trump de "Hitler" em jantar polêmico
Em saída rara da Casa Branca, presidente buscava promover ação federal contra a criminalidade em D.C
O presidente Donald Trump foi vaiado e afrontado por manifestantes na noite de terça-feira (9) enquanto jantava no restaurante Joe’s Seafood, Prime Steak & Stone Crab, a poucas quadras da Casa Branca, em uma rara saída pública para uma refeição na capital. Vídeos amplamente divulgados mostram ativistas gritando Free D.C.! Free Palestine! e Trump is the Hitler of our time (Trump é o Hitler do nosso tempo) antes de serem escoltados para fora por agentes do Serviço Secreto. As informações são do Washington Post.
A visita tinha caráter político: o presidente usou a saída para divulgar e celebrar sua intervenção federal em Washington, uma operação que incluiu o envio da Guarda Nacional e o reforço de forças federais, anunciada pela administração como responsável por uma queda na criminalidade local. A Casa Branca informou números de prisões e apreensões desde o início da iniciativa, usados pelo presidente para afirmar que a cidade está “praticamente sem crime”. Críticos, porém, dizem que a ação é excessiva e politizada.
Testemunhas e imagens registraram uma cena mista do lado de fora e dentro do restaurante: enquanto alguns transeuntes aplaudiam e outros vaiavam, um pequeno grupo dentro do estabelecimento exibiu bandeiras de Gaza e entoou os gritos pró-Palestina que interromperam a refeição. O vídeo mostra Trump olhando na direção dos manifestantes, fazendo um gesto e sinalizando para a segurança que removessem as pessoas.
Fontes jornalísticas identificaram a presença de membros importantes da equipe presidencial durante o jantar, entre eles o vice-presidente J.D. Vance, o secretário de Estado Marco Rubio e o secretário de Defesa Pete Hegseth, o que transformou a saída em um evento de alto risco político e simbólico.
O episódio também ocorreu em meio a protestos mais amplos contra a política externa dos EUA em relação ao conflito entre Israel e Hamas, tema que vem polarizando manifestações dentro e fora do país. Organizações ativistas, incluindo grupos feministas e pró-Palestina, aproveitaram a oportunidade para apontar críticas diretas ao presidente na capital, um gesto de visibilidade que ratifica a centralidade de Washington nas disputas políticas nacionais e internacionais.
Repercussão e contexto
Analistas políticos dizem que a saída de Trump busca reforçar a narrativa da administração sobre segurança e “lei e ordem” nas cidades sob gestão de prefeitos e autoridades locais contrárias ao governo federal. Ao mesmo tempo, o episódio expõe os riscos de visibilidade para o presidente: pequenas ações públicas podem se transformar rapidamente em confrontos simbólicos que alimentam a cobertura crítica da imprensa e galvanizam opositores.
O restaurante, localizado na 15th Street NW, tornou-se palco de um confronto que, embora breve, sintetiza tensões maiores: a guerra no Oriente Médio, intervenções federais em polícias locais e a contínua polarização política interna dos Estados Unidos. Autoridades locais, representantes do estabelecimento e a Casa Branca divulgaram versões diferentes sobre o tom da ação e das declarações do presidente após o incidente. Reportagens continuam acompanhando eventuais novas manifestações e desdobramentos políticos.