Rafael Tenório alerta: CSA precisa de investimento

Rafael Tenório alerta: CSA precisa de investimento

Contexto político e a transição no CSA

O CSA vive um momento de indefinição política que tem chamado atenção torcedores e especialistas. Com a diretoria executiva afastada, o Conselho Deliberativo assumiu papel central na organização da próxima eleição do clube. Nesse cenário, o ex-presidente Rafael Tenório voltou a falar publicamente sobre o perfil que considera necessário para o futuro dirigente do time alagoano, destacando um ponto que entende como essencial: recursos financeiros para viabilizar projetos.

O recado de Rafael Tenório

Em entrevista ao ge, Tenório foi enfático ao avaliar que mais do que vontade e boa intenção, o próximo mandatário do CSA precisa ter capacidade econômica para executar um plano sustentável. Segundo ele, a ausência de investimento transforma mandatos em trajetórias que, apesar de títulos locais, terminam por prejudicar a instituição no médio e longo prazo. Para ilustrar sua posição, o ex-presidente reforçou a ideia com uma frase direta: "Não adianta ser presidente do CSA se não tiver dinheiro pra investir no clube."

Por que o investimento é determinante

O futebol moderno exige, além de gestão técnica, aporte financeiro para estrutura, base, salários e planejamento. Tenório lembra que presidentes anteriores conquistaram estaduais, mas deixaram a instituição endividada e sem cuidado gerencial adequado. Diante disso, a principal preocupação é que novos dirigentes, sem capital, repitam erros do passado e não ofereçam condições para um projeto de recuperação.

Consequências da falta de capital

Quando um clube opera sem um fluxo de investimento adequado, diversos pontos são afetados: formação de atletas, manutenção de CTs, capacidade de contratar e qualidade do elenco. A falta de recursos também reflexa em instabilidade administrativa, o que, por sua vez, prejudica a relação com patrocinadores, torcedores e demais parceiros. A visão de Tenório aponta que disputar eleições apenas por representatividade, sem respaldo financeiro, tende a ser inócuo para o objetivo maior de recuperar o clube.

O papel do Conselho Deliberativo

Com a saída temporária da diretoria executiva, o Conselho Deliberativo passou a articular a transição e o calendário eleitoral. É responsabilidade dos conselheiros garantir que o processo tenha transparência e que os candidatos tenham condições reais de apresentar planos factíveis, com viabilidade financeira e projeção a médio prazo. Para Tenório, a seleção de um presidente com poder econômico é parte dessa equação, pois apenas capital consistente pode impulsionar mudanças estruturais.

Perfil desejável do próximo presidente

Segundo a análise do ex-presidente, o perfil ideal do futuro mandatário não precisa ser necessariamente o de um gestor formado em administração, mas sim de alguém com capacidade de investimento e com visão estratégica para aplicar recursos onde o clube mais necessita. Isso inclui reformulação de categorias de base, melhorias na infraestrutura e um plano de sustentabilidade financeira que envolva receitas próprias e parcerias bem desenhadas.

Desafios imediatos para o CSA

A curto prazo, o novo presidente terá de enfrentar questões urgentes: reorganização financeira, negociação de dívidas, reativação do relacionamento com patrocinadores e retomada da competitividade em campo. Estes desafios demandam não apenas vontade política, mas também respaldo financeiro que permita implementar soluções rápidas e ao mesmo tempo sustentáveis.

Possíveis caminhos e alternativas

Existem alternativas para clubes em crise que não dependem exclusivamente de um único investidor. Modelos de gestão compartilhada, captação via investidores institucionais, fortalecimento de receitas com marketing e programas de sócio-torcedor bem estruturados podem compor um plano robusto. Ainda assim, Tenório alerta que, isoladamente, essas medidas dificilmente resolvem problemas mais profundos sem aporte financeiro significativo desde o início.

Impacto para a torcida e comunicação

Transparência e comunicação com a torcida são imprescindíveis para recompor a confiança e mobilizar a base de apoio. O processo eleitoral deve ser conduzido com clareza sobre propostas e metas, permitindo que associados e torcedores avaliem os planos dos candidatos. A participação ativa da torcida pode inclusive pressionar pela escolha de nomes com maior capacidade de investimento e compromisso com projetos de longo prazo.

Considerações finais

O alerta de Rafael Tenório destaca um dilema recorrente no futebol brasileiro: a necessidade de conciliar paixão clubística com sustentabilidade econômica. Até a realização da eleição, o Conselho Deliberativo tem a missão de organizar um processo que eleja um presidente capaz de não apenas assumir o cargo, mas de financiar e executar um plano que devolva estabilidade ao CSA. A expectativa é que a próxima gestão consiga articular recursos, projetar metas claras e resgatar a competitividade do clube.

Desfecho recente

Enquanto isso, o clube segue em transição, com medidas administrativas em curso. O Conselho já decidiu pelo afastamento de Mirian Monte e da diretoria executiva, medida que ressalta a urgência e complexidade do momento político interno.

Chamada à ação

Participe: se você é torcedor do CSA, acompanhe as decisões do Conselho Deliberativo, conheça as propostas dos candidatos e envolva-se no debate. Só com participação ativa e pressão por transparência será possível assegurar que o clube encontre um caminho sustentável.