Bebê internado em Maceió após vacinas com infecção

Bebê internado em Maceió após vacinas com infecção

Resumo do caso

Uma criança de 1 ano e 8 meses foi internada com uma infecção grave após receber vacinas de rotina em um posto de saúde em Maceió. As doses aplicadas foram a tríplice viral, a meningocócica C e a pneumocócica, no Posto de Saúde João Paulo II, no bairro do Jacintinho, no dia 26 de agosto. A família registrou um Boletim de Ocorrência e solicita investigação sobre as causas do quadro.

O que os pais relataram

A mãe relatou que a criança estava bem antes das aplicações, mas apresentou reação nas horas seguintes. Segundo o relato, o menino apresentou febre alta e inchaço no braço onde foram aplicadas as injeções. Em suas palavras: "Ele começou a sentir febre, não queria comer nada e estava com o braço todo inchado. Compramos remédios, mas nada parecia funcionar então levamos ele para a Unimed. A médica de plantão disse que ele estava com um abscesso no braço".

Ainda antes de completar 48 horas das aplicações, a criança teve sangramento em um dos ouvidos. A mãe afirmou também ter observado que a profissional que aplicou as vacinas "em momento nenhum lavou as mãos. Observei que ela mexia no computador e não lavava as mãos e nem passava álcool para aplicar as vacinas no meu filho". Depois de exames, foi constatado que o PCR estava muito alto, um indicador de quadro infeccioso. "O exame dele apontou para infecção no sangue. Estamos esperando para saber se ele vai ser transferido para a UTI. O Levi é um menino muito espero, ele gosta de brincar e ver o sofrimento do meu filho é de doer demais".

Posição da Secretaria de Saúde

A Secretaria de Saúde de Maceió informou que aguarda a análise dos exames realizados e a verificação das informações para definir as medidas a serem adotadas, garantindo assistência à criança. As autoridades de saúde costumam analisar resultados laboratoriais, checar a cadeia de frio das vacinas, verificar procedimentos adotados no momento da aplicação e avaliar eventuais falhas no atendimento.

Possíveis causas e investigação

Casos de reações adversas que evoluem para infecção grave são raros, mas exigem apuração cuidadosa. Entre as hipóteses que costumam ser investigadas estão:

  • Contaminação no procedimento de aplicação: falta de higienização das mãos, uso inadequado de antissépticos no local da aplicação ou uso de materiais reencapsulados.
  • Problemas com o insumo: contaminação do frasco, problema na cadeia de frio, ou uso de seringas e materiais comprometidos.
  • Condição clínica pré-existente: a criança pode ter predisposição a infecções ou um quadro subjacente não detectado previamente.
  • Complicações locais: abscesso no local da injeção que pode evoluir para infecção sistêmica se não tratado adequadamente.

A documentação do Boletim de Ocorrência é uma etapa relevante para registrar os fatos e permitir que ocorra a apuração administrativa e, se necessário, a investigação técnica mais aprofundada. Também é importante que o caso seja notificado como um evento adverso pós-vacinação, o que ativa protocolos de vigilância e investigação epidemiológica.

Vacinação é essencial, mas a segurança importa

As vacinas aplicadas fazem parte do esquema vacinal recomendado e são fundamentais para prevenir doenças graves em crianças. Ainda assim, a ocorrência de um evento adverso ou de uma infecção associada ao procedimento reforça a necessidade de práticas seguras nos serviços de saúde: capacitação da equipe, controle da cadeia de frio, disponibilidade de materiais descartáveis e vigilância constante.

Direitos e medidas para pais

  • Registrar o Boletim de Ocorrência e guardar documentos e recibos relacionados ao atendimento.
  • Solicitar e conservar resultados de exames e relatórios médicos.
  • Procurar orientação de serviço de vigilância sanitária e do próprio município sobre a notificação do evento adverso.
  • Buscar atendimento médico imediato se sinais de infecção ou piora clínica forem identificados.

Como as autoridades costumam agir

Quando um caso como este é notificado, as providências típicas incluem: análise laboratorial dos exames da criança, checagem de registros de vacinação, verificação da rotina de higienização do posto de saúde, avaliação da equipe que aplicou as doses e, se aplicável, inspeção de lotes de vacinas e insumos. A prioridade é garantir a recuperação do paciente e evitar riscos a outras crianças atendidas no mesmo local.

Orientações para famílias sobre vacinação

Vacinar continua sendo a melhor forma de proteção contra doenças graves. Para reduzir riscos, é recomendável que os responsáveis:

  • observem condições de higiene do local e dos profissionais;
  • perguntem sobre o preenchimento da carteira de vacinação e verifiquem os registros;
  • acompanhem a criança nas horas e dias seguintes à aplicação e procurem atendimento ao primeiro sinal de reação considerada grave;
  • informem o histórico de saúde e alergias ao profissional antes da vacinação.

Conclusão e chamada para ação

O caso em Maceió ressalta a importância da vigilância e da transparência nos serviços de saúde. Enquanto as autoridades apuram os exames e as circunstâncias do atendimento, a prioridade deve ser a assistência adequada à criança e a garantia de que medidas corretivas sejam adotadas se falhas forem identificadas. Se você acompanha nosso blog, deixe um comentário com suas dúvidas ou experiências relacionadas à vacinação e compartilhe esta matéria para ajudar a ampliar a conscientização sobre segurança em saúde. Para receber atualizações sobre o desfecho deste caso, assine nossa newsletter e acompanhe as próximas publicações.