Tarso Marques explica Lamborghini sem placa

Tarso Marques explica Lamborghini sem placa

O ex-piloto de Fórmula 1 Tarso Marques foi abordado em uma blitz na madrugada de domingo em São Paulo após ser flagrado dirigindo uma Lamborghini Gallardo sem placas. Em entrevista ao Portal iG, Marques afirmou que não tinha conhecimento sobre a ausência da placa nem sobre as irregularidades do veículo, que, segundo ele, pertence a um cliente de sua oficina de customização.

De acordo com o relato do ex-piloto, tudo começou quando ele saiu de casa para ir a um posto de combustível próximo. " Eu andei 200 metros aqui da minha casa. Eu estava indo no posto ao lado aqui da minha casa ", disse Marques, explicando que o deslocamento foi curto. Ao perceber a blitz na Ponte Engenheiro Roberto Rossi Zuccolo, decidiu retornar e passar pela fiscalização, ocasião em que foi abordado por trafegar sem placa.

Marques contou que os próprios policiais o auxiliaram a procurar a placa, que estava dentro do carro, e chegaram a orientá-lo sobre onde colocá-la. " O policial, inclusive, iluminou ali onde pôr a placa ", relatou. Após o teste do bafômetro, que deu negativo, foi informado de que o veículo seria apreendido e levado ao pátio.

Irregularidades do veículo e fiança

Na delegacia, agentes constataram que a Lamborghini apresentava débitos de IPVA, multas e um bloqueio judicial por apropriação indébita. Marques afirmou não ter conhecimento prévio dessas pendências, comparando sua responsabilidade à de um manobrista: ele dirigiu o carro sem saber sobre a documentação do veículo.

" Não, eu nem sei qual é o processo que tem. Ela [delegada] falou que tem alguns processos e tal, mas não sei nem do que se trata ", declarou. O ex-piloto não precisou pagar para ser liberado no primeiro momento, mas foi informado que haverá a necessidade de um depósito de fiança estipulado em 15 salários mínimos para apresentar defesa formalmente.

Além disso, Marques relatou que muitos veículos em sua oficina ficam em um showroom com adesivos cobrindo as placas para gravações de fotos e vídeos, situação que pode gerar confusões no dia a dia de quem dirige esses carros para testes ou deslocamentos curtos.

Como ocorreu a condução do veículo ao pátio

Após a abordagem, o ex-piloto precisou aguardar o término das operações policiais por cerca de três horas até poder conduzir o carro até a delegacia, já que o policial não quis ou não conseguiu dirigir o veículo de luxo. Marques relembrou o momento: " Ele falou, você se importa de levar o carro? Acompanhar a gente para levar o carro para o pátio, lá para a delegacia? Eu falei, não. Não tem problema nenhum ".

O episódio levanta questões sobre a responsabilidade do condutor em relação à documentação do veículo, especialmente quando se trata de carros pertencentes a terceiros e utilizados em oficinas de personalização e produção de conteúdo.

Repercussão

Nas redes sociais, Marques lamentou a repercussão do caso e afirmou que a divulgação inicial causou preocupação desnecessária entre familiares e amigos. Segundo ele, chegaram a pensar que algo grave teria acontecido, já que ficou horas sem contato após a bateria do celular acabar.

O ex-piloto também negou rumores de que estava acompanhado por duas mulheres no momento da abordagem. " Só dirigi o carro como poderia ter sido você ou qualquer pessoa que trabalha aqui ", disse, ressaltando que a situação foi apenas uma ocorrência comum de trânsito e fiscalização.

Contexto e implicações

Casos como este evidenciam a importância de procedimentos internos claros em oficinas que trabalham com veículos de clientes, principalmente quando há personalização, filmagens ou circulação rápida entre locais. A presença de adesivos cobrindo placas em estúdios e showrooms é prática frequente, mas aumenta o risco de problemas durante fiscalizações de trânsito.

  • Verificação documental: responsabilizar alguém pela conferência de documentos antes de qualquer teste ou deslocamento.
  • Fluxo de saída: criar um protocolo para retirada temporária de veículos do showroom.
  • Comunicação com clientes: assegurar que proprietários sejam informados sobre deslocamentos e riscos.

Do ponto de vista legal, dirigir um veículo com bloqueio judicial ou sem placas pode acarretar apreensão do automóvel, multas e necessidade de fiança, como ocorreu no caso. Mesmo sem intenção de cometer irregularidade, o condutor pode ter dor de cabeça enquanto se esclarece a titularidade e a situação documental do veículo.

Carreira de Tarso Marques

Tarso Marques, nascido em Curitiba em 1976, teve passagem pela Fórmula 1 com a equipe Minardi, participando de 24 corridas entre 1996 e 2001. No cenário nacional, conquistou vitórias na Stock Car em 2006 e 2007. Fora das pistas, ganhou visibilidade como apresentador do quadro " Lata Velha " no programa " Caldeirão do Huck " e como comentarista no " Auto Esporte ".

Há cerca de 30 anos, ele administra uma empresa de personalização de carros, barcos e aeronaves, atendendo clientes no Brasil, Europa e Estados Unidos. Esse histórico reforça a ligação de Marques com o universo automotivo, mas também mostra como a rotina de oficinas pode envolver riscos de caráter administrativo e documental.

Conclusão

O caso de Tarso Marques serve como lembrete: mesmo em deslocamentos curtos e rotineiros, a checagem da documentação e a comunicação entre proprietários e responsáveis pelos veículos são essenciais para evitar transtornos. A ocorrência em São Paulo expõe tanto aspetos práticos do cotidiano de oficinas de customização quanto as implicações legais de circular com um carro que apresente bloqueios.

Quer saber mais sobre trânsito, legislação e casos envolvendo veículos de luxo? Deixe seu comentário abaixo, compartilhe este texto e acompanhe nosso blog para receber atualizações e análises sobre notícias do mundo automotivo e esportes.