Mosquito da Dengue, Chikungunya e Zika desafia população alagoana
25/08/2025, 05:05:40Atuais números de infectados e de mortes chamam a atenção das autoridades de saúde, impactam hospitais e UPAs por falta de cuidados com obejtos reprodutores do mosquito de resonsabilidade do povo.
O Aedes aegypti, pequeno no tamanho, mas gigante em seus impactos, continua sendo um dos maiores desafios para a saúde pública em Alagoas. Transmissor da dengue, chikungunya e zika, o inseto se aproveita de condições climáticas favoráveis, do descuido da população e da insuficiência do poder público para se multiplicar e causar danos profundos à sociedade.
Em um estado marcado por altos índices pluviométricos em determinados períodos e por deficiências estruturais de saneamento básico, o combate ao mosquito exige esforço redobrado. Basta uma tampa de garrafa com água parada para que o ciclo de reprodução do vetor se estabeleça. Essa aparente simplicidade da proliferação transforma quintais, terrenos baldios e até recipientes esquecidos dentro de casa em potenciais criadouros.
A dengue, com suas variações — clássica e hemorrágica — continua sendo a mais conhecida das doenças, responsável por febre alta, dores intensas no corpo e complicações que podem levar à morte. Já a chikungunya, embora menos letal, deixa sequelas dolorosas e duradouras, como artrite crônica e limitações nos movimentos, que afetam a qualidade de vida e a capacidade produtiva das vítimas. A zika, por sua vez, trouxe ao Brasil uma marca dolorosa com os casos de microcefalia em recém-nascidos, lembrando que o problema vai muito além de sintomas passageiros.
O desafio maior em Alagoas está na conscientização coletiva. Não basta esperar campanhas de governo ou mutirões emergenciais: a vigilância precisa ser diária. O cuidado com caixas d’água, calhas, vasos de plantas, garrafas e pneus é responsabilidade compartilhada. O mosquito só vence quando a população relaxa.
Por outro lado, cabe ao poder público reforçar políticas permanentes de saneamento, coleta de lixo regular, fiscalização de terrenos abandonados e investimento em pesquisa para soluções inovadoras de controle biológico. A guerra contra o Aedes aegypti não se vence apenas com fumacê ou campanhas sazonais, mas com políticas contínuas e educação comunitária.
O que está em jogo é a saúde de milhares de alagoanos. Cada foco eliminado é uma vida protegida, cada atitude preventiva é uma barreira contra a expansão do mosquito. Em tempos em que a dengue, chikungunya e zika continuam desafiando o estado, a resposta precisa ser firme: união, responsabilidade e ação permanente.