Se Alfredo Gaspar Relatar, Pode Colocar Muita Gente na Cadeia

O nome de Alfredo Gaspar de Mendonça sempre desperta atenção quando se fala em justiça e combate à corrupção. Ex-procurador-geral de Justiça de Alagoas e ex-secretário de Segurança Pública, Gaspar construiu sua trajetória enfrentando organizações criminosas, grupos de extermínio e poderosos que acreditavam estar acima da lei. Hoje, como deputado federal, seu perfil técnico e combativo coloca em alerta todos aqueles que temem uma investigação profunda conduzida com rigor.

Ao assumir a relatoria da CPMI do INSS Alfredo Gaspar, um processo de grande repercussão, não é exagero afirmar que muita gente pode parar atrás das grades. Isso porque seu histórico demonstra independência, coragem e conhecimento jurídico suficientes para transformar documentos, depoimentos e provas em relatórios consistentes, capazes de sustentar denúncias e julgamentos firmes. Diferente de muitos parlamentares que usam a relatoria como instrumento de negociação política, Gaspar tem o peso de quem já colocou em prática o enfrentamento direto ao crime organizado.

Sua imagem de “xerife” não foi construída à toa. Em Alagoas, liderou operações que desarticularam quadrilhas, levou à prisão pessoas influentes e demonstrou que, quando a lei é aplicada de forma impessoal, não existe blindagem que resista. Essa postura, levada agora ao Congresso Nacional, faz dele uma peça temida nos bastidores políticos. Afinal, em sendo relator, dificilmente cederá a pressões ou a acordos silenciosos que costumam abafar casos explosivos.

No cenário atual, em que o Brasil convive com escândalos de corrupção, desvio de recursos públicos e até tentativas de manipulação das instituições, a presença de alguém como Alfredo Gaspar em uma função estratégica pode significar o ponto de virada entre a impunidade e a responsabilização. Políticos, empresários e servidores que por muito tempo viveram na sombra da proteção de gabinetes certamente veem nele uma ameaça real.

Em resumo: se Alfredo Gaspar relatar, haverá barulho. Não será relatório de conveniência, mas de consequência. E consequência, neste caso, significa cadeia para quem tem contas a prestar com a Justiça.