Malafaia fala sobre prisão e critica Alexandre de Moraes

Malafaia fala sobre prisão e critica Alexandre de Moraes

Sobre a possibilidade de prisão e críticas a Moraes

Malafaia chamou de \"aberração\" a apreensão de seu passaporte e a divulgação de conversas privadas, como uma que em rotula Eduardo Bolsonaro de \"idiota\".

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O pastor Silas Malafaia admitiu a hipótese de ser preso após ser alvo de operação da Polícia Federal que terminou com seu celular e seu passaporte apreendidos. \"Todo desfecho é possível em relação a esse ditador\", afirmou à reportagem após trocar seu número de telefone.

Pelo novo aparelho, Malafaia reiterou sua disposição de enfrentar Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e relator do inquérito que o investiga junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro, ambos do PL.

\"Tudo é possível [sobre possibilidade de prisão], mas eu não tenho medo disso. Ele está no último suspiro, sabe?\" Ele afirma que Moraes é o \"maior responsável\" pelas sanções que o Brasil vem recebendo dos EUA, como o tarifaço sobre produtos nacionais.

O líder evangélico diz que Moraes está \"no último suspiro\" e que \"vai chegar a hora de ele cair\", evocando uma \"justiça divina\" para tanto.

Malafaia chamou de \"aberração\" a apreensão de seu passaporte e a divulgação de conversas privadas, como uma que em rotula Eduardo Bolsonaro de \"idiota\", em troca de mensagens com o pai dele, Jair.

O pastor diz não ver por que ter seu passaporte retido. \"Eu estava lá em Portugal, se eu quisesse fugir eu não voltava. A notícia saiu quinta-feira na Globonews [sua inclusão como investigado], e eu já estava lá. Alguns amigos meus disseram: 'não volta, não'.\"

As autoridades também confiscaram cadernos com anotações de Malafaia. Ele as definiu como \"material teológico\" e roteiro para os vídeos que divulga na internet. Gravou um nesta quarta (20), após seu encontro com os policiais.

A Polícia Federal afirma ter identificado que Malafaia, \"conhecido líder religioso\", atuou em articulação com outros investigados \"na definição de estratégias de coação e difusão de narrativas inverídicas, bem como no direcionamento de ações coordenadas\".

Para os investigadores, o objetivo do pastor seria \"coagir os membros da cúpula do Poder Judiciário, de modo a impedir que eventuais ações jurisdicionais proferidas no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF) possam contrapor os interesses ilícitos do grupo criminoso\".