Silas Malafaia tem celular apreendido em operação da PF
21/08/2025, 07:35:16Contexto da operação
Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o pastor Silas Malafaia teve passaportes cancelados, não pode sair do país e nem manter contato com Jair e Eduardo, mesmo por intermédio de outras pessoas.
Ação da Polícia Federal
O pastor Silas Malafaia foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal nesta quarta-feira (20). Ele teve o telefone celular apreendido no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, ao desembarcar de Lisboa.
Além da apreensão do celular, Moraes autorizou a quebra de sigilo de dados bancários, fiscais e telefônicos dos equipamentos apreendidos. A PF havia incluído o pastor no inquérito sob relatoria de Alexandre de Moraes que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista Paulo Figueiredo por suposta tentativa de embaraçar as investigações.
Implicações para Silas Malafaia
"A continuidade das investigações demonstrou fortes indícios de participação de Silas Lima Malafaia na empreitada criminosa, de maneira dolosa e com unidade de desígnios com Jair Messias Bolsonaro e Eduardo Nantes Bolsonaro", afirmou Moraes ao autorizar as medidas contra Malafaia. A Polícia Federal informou ter identificado que Malafaia, "conhecido líder religioso", atuou em articulação com outros investigados, definindo estratégias de coação e veiculação de narrativas inverídicas, além de coordenar ações que buscavam coagir os membros da cúpula do Poder Judiciário.
Repercussão política
Malafaia organizou um ato de apoio a Bolsonaro em 3 de agosto, onde o ex-presidente participou por vídeo transmitido em redes sociais de terceiros. Essa aparição resultou, no dia seguinte, na decretação de prisão domiciliar do ex-presidente. Após a inclusão no inquérito, houve uma forte reação da bancada evangélica. O deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder da bancada do PL na Câmara, considerou a medida uma "perseguição religiosa". Ele afirmou: "É uma situação gravíssima, um absurdo. A perseguição autoritária juristocrática que se dava por motivos ideológicos agora incluiu a perseguição religiosa, a perseguição a um pastor."