Carlinhos Maia é multado por andar com quadriciclo em unidade de conservação
21/08/2025, 05:33:35Carlinhos Maia é multado em R$ 10 mil por andar com quadriciclo
O ex-marido de Carlinhos Maia, Lucas Guimarães, também foi multado no mesmo valor; eles recorreram da decisão. Vídeos foram postados pelos próprios influenciadores nas redes sociais, que afirmaram não saber que se tratava de uma área de desova de tartarugas.
O influenciador digital Carlinhos Maia recebeu uma multa de R$ 10 mil por trafegar com um quadriciclo em uma unidade de conservação localizada em Jequiá da Praia, no Litoral Sul de Alagoas. Esta área, com mais de 10 mil hectares, é conhecida por ser um local de desova de tartarugas.
A penalidade foi aplicada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão encarregado da gestão da Reserva Extrativista do município. De acordo com informações do ICMBio, Lucas Guimarães, ex-marido de Carlinhos, também recebeu uma multa no mesmo valor.
Ambos, Carlinhos e Lucas, protocolaram um recurso para contestar a multa, que permanecerá suspensa até que o recurso seja julgado em todas as instâncias administrativas. O g1 entrou em contato com a assessoria de imprensa dos influenciadores, que confirmou que o processo está em trâmites diversos.
Vídeos do passeio de quadriciclo foram publicados por Carlinhos Maia e Lucas Guimarães nas redes sociais em abril. Após a repercussão, Carlinhos fez um pronunciamento, alegando que não tinha conhecimento de que a área era um local de desova de tartarugas, enfatizando sua preocupação com o meio ambiente. Ele também afirmou que estava na localidade há poucos dias e que havia alugado os quadriciclos para realizar o passeio.
“O Ministério Público Federal é avisado de todo auto de infração lavrado e é o responsável por investigar se houve crime. Nesse caso, um inquérito não deve ser aberto, já que a infração não está prevista na Lei de Crimes Ambientais, mas apenas no decreto que regulamenta a lei administrativamente”, comentou o analista ambiental do ICMBio, Yuri Teixeira Amaral.
Em comunicado, o Ministério Público Federal (MPF) manifestou que arquivou o procedimento que investigava o caso, pois entendeu que o ICMBio já havia tomado as medidas administrativas necessárias. O MPF também esclareceu que o ICMBio não apresentou evidências que pudessem comprovar a ocorrência de um crime ambiental.
Ademais, o MPF mencionou que a atuação do órgão em sobreposição a autuações administrativas é "indicada para situações mais graves ou em casos de reincidência, o que não foi constatado na apuração".