Motta propõe mudança para punição de motim na Câmara

Motta propõe mudança para punição de motim na Câmara

Projeto de mudança no regimento interno da Casa foi protocolado nesta terça (19) pela Mesa Diretora


A Mesa Diretora da Câmara, presidida por Hugo Motta (Republicanos-PB) protocolou, nesta terça-feira (19), um projeto de mudança no regimento interno da Casa para punir sumariamente deputados que invadirem o plenário. De acordo com a proposta, o Código de Ética e Decoro Parlamentar passará a prever suspensão do exercício do mandato por seis meses ao parlamentar que "praticar agressão física nas dependências da Câmara" e "impedir ou obstaculizar, por ação física ou por qualquer outro meio que extrapole os limites do exercício regular das prerrogativas regimentais, o funcionamento das atividades legislativas". A decisão de Motta ocorreu após reunião com os líderes de bancadas, realizada no fim da manhã desta terça-feira. A Mesa Diretora explica que a proposta foi apresentada por causa da ocupação da Mesa do Plenário neste mês, durante protestos da oposição contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Confrontos físicos entre parlamentares são manifestamente incompatíveis com a dignidade do mandato e com os próprios fundamentos do Estado Democrático de Direito. Tais atos não apenas paralisam a atividade legislativa, mas também erodem a imagem e a autoridade desta Casa perante a sociedade", declara a Mesa Diretora, na justificativa da proposta. Outro argumento é que, em casos semelhantes, não há tempo hábil para aguardar a tramitação de representações por quebra de decoro, que exige atuação da Corregedoria Parlamentar e posterior decisão da Mesa. "Quando se trata de flagrante agressão física ou obstaculização das atividades legislativas, a resposta deve ser imediata e eficaz", defende o documento. A proposta pode ser votada ainda nesta terça-feira.