Empresário relata agressão em karaokê de São Paulo

Empresário relata agressão em karaokê de São Paulo

Relato de agressão dentro de estabelecimento

O empresário Donizete Oliveira, de 29 anos, relatou ter sido violentamente agredido dentro do karaokê Siga La Vaca, em São Paulo, na madrugada de domingo (17). A hostilização, segundo o relato, teria acontecido após questionar a organização do local sobre uma longa fila de pagamento enquanto se sentia mal devido à superlotação.

O jovem, que estava no estabelecimento para o aniversário de um amigo, afirma ter sido atacado subitamente por um desconhecido e, em seguida, por múltiplos funcionários e seguranças, que o agrediram com socos e chutes mesmo depois de ele já estar caído no chão.

Busca por ajuda e início da violência

Donizete conta que permaneceu no local por cerca de 30 minutos e, ao decidir ir embora, deparou-se com uma fila "interminável" e apenas um caixa funcionando. Ele relata ter se aproximado de funcionários para pedir ajuda de forma educada, explicando seu mal-estar. "Deixei claro que não queria ‘passar na frente’ de ninguém, apenas estava me sentindo mal e que o local precisava rever sua logística, pois estava completamente superlotado", escreveu em uma postagem.

Foi durante essa tentativa de diálogo que a violência começou. "De repente, sem qualquer motivo, recebi um soco no rosto de um desconhecido. Ao tentar me defender, a situação saiu do controle. Seguranças e funcionários, que deveriam proteger os clientes, se juntaram e passaram a me agredir brutalmente", detalhou o empresário.

Ameaças e falta de socorro

Após ser retirado da confusão por seu namorado, também agredido, Donizete foi para o outro lado da rua. Lá, foi abordado por uma mulher que testemunhou o ocorrido e sugeriu que a agressão poderia ter sido motivada por homofobia. "Ela falou assim, meu, as pessoas batem na gente só pelo fato da gente ser quem a gente é", relatou. Em seguida, outra pessoa os alertou para que fugissem, pois os agressores poderiam estar armados.

O empresário critica a ausência de socorro por parte do estabelecimento. "Ninguém da casa foi prestar socorro ou foi procurar entender o que aconteceu", afirmou. Ele também mencionou que, enquanto estava na delegacia, um amigo ligou para relatar outras duas brigas envolvendo a equipe do bar no mesmo período, indicando um ambiente "completamente inseguro e despreparado".

Providências e busca por justiça

Donizete Oliveira registrou um boletim de ocorrência, realizou exame de corpo de delito e buscou atendimento médico. Ele agora procura um advogado criminalista e exige acesso às imagens das câmeras de segurança para identificar os responsáveis. "Vou buscar as imagens das câmeras de segurança, registrar todas as denúncias cabíveis e responsabilizar judicialmente cada envolvido. O que aconteceu comigo não pode acontecer com mais ninguém", declarou.

O Portal iG entrou em contato com o bar Siga La Vaca para obter um posicionamento, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.